sexta-feira, 13 de março de 2020

Os Princípios Fundamentais do Escutismo versus a Pandemia da Covid-19

Os Princípios Fundamentais do Escutismo Versus a Pandemia da Covid-19

por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 13 de março 2020 no jornal diário "Correio do Minho"


A Constituição Mundial do Escutismo consagra três Princípios Fundamentais do Escutismo:
·      O dever para consigo próprio - o dever de cada um de desenvolver a sua própria autonomia e assumir a responsabilidade por si próprio;
·      O dever para com os outros - o dever de cada um de reconhecer e respeitar os outros e o mundo sabendo que deve viver em interação constante com eles e contribuir ativamente para o seu bem;
·      O dever para com Deus - o dever de cada um de buscar um significado maior para a Vida e de fazer seus, no dia-a-dia, os valores espirituais nele contidos.
Estes princípios fundamentais são uma espécie de ADN do escutismo mundial e neles se expressa a trípla dimensão do escuteiro independentemente do seu lugar de origem, raça, género ou crença religiosa.
Neste momento (quarta-feira) em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) qualificou a Covid-19 como uma pandemia e sendo certo que, mais dia, menos dia, Portugal deverá entrar na última fase de resposta, a chamada fase de mitigação, “caraterizada pela transmissão local em ambiente fechado e transmissão comunitária”. O Corpo Nacional de Escutas, em sintonia com os dois primeiros princípios fundamentais, supramencionados, e com as orientações da Direção Geral da Saúde, mas também em articulação com as diversas estruturas do movimento (nacional, regionais e de núcleo) e ainda com a Conferência Episcopal Portuguesa e com o Bispo diocesano, foi construído o seu plano de ação para o combate à Covid-19.
A Junta Regional de Braga, neste contexto, emitiu uma orientação para toda a Região (território correspndente ao da Arquidiocese de Braga) a aplicar em todas as estruturas: 10 Centros Escutistas, 9 Núcleos e 237 Agrupamentos. Envolvendo um efetivo de 13.611 escuteiros, assim distribuidos: 2.718 Lobitos, 3.370 Exploradores, 2.817 Pioneiros, 1.763 Caminheiros e 2.945 Dirigentes.
Na sua mensagem, divulgada, via email, a todas as estruturas, o Chefe Regional de Braga anunciava:
·         A suspensão, até 3 de abril próximo, de todas as atividades, ações de formação e demais encontros e reuniões de caráter regional;
·         A extensão destas medidas aos níveis de Núcleo e de Agrupamento;
·         As ações ora suspensas poderão vir a ser reagendadas, depois de passada a crise;
·         As recomendações da Conferência Episcopal Portuguesa deverão ser consideradas em todas as Celebrações Litúrgicas;
·         A duração destas medidas anunciadas serão acompanhadas sendo revistas em função do desenvolvimento da ecolução da pandemia e das orientações emanadas das autoridades competentes;
·         O Escutismo Católico Português suspendeu todas as suas atividades presenciais, mas “não foi de férias”, devendo este tempo ser aproveitado para um maior recato social, sendo esta a forma de Servir os outros e as nossas comunidades;
·         Estes momentos de recato social permitirão aos dirigentes um tempo de avaliação e de planeamento na sua ação e aos elementos momentos de leitura e de aprefeiçoamentos dos instrumentos de informação e comunicação digitais.

Finalmente, usando as palavras do Chefe Regional: «no CNE, como movimento de educação (não formal) pelo exemplo, apelamos, que todos procedam mediante os valores que nos caracterizam, sempre à luz da Lei e Princípios. O nosso resguardo é a proteção das nossas crianças e jovens, das suas famílias e de toda a nossa comunidade. O espírito escutista deve prevalecer sempre.»

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