domingo, 28 de janeiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 840 de 29 janeiro a 4 de fevereiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 840 de 29 janeiro a 4 de fevereiro de 2024

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este
Intenções das missas e informações das 3 paróquias:




quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

O CNE está a mudar a doutrina cristã?

 


O CNE apresentou o Posicionamento Institucional acerca da afetividade e sexualidade no programa educativo no desejo de tornar o Evangelho fecundo, capaz de dar sabor e beleza à vida de quem vive ou quer viver a proposta escutista do CNE. 

Nos últimos tempos, na liberdade dos filhos de Deus, surgiram críticas e dúvidas a esta proposta do CNE. Nesse sentido, em diálogo com os assistentes e juntas de núcleo, senti a importância de escrever um texto, o qual vos envio, que abra horizontes e aponte para o discernimento, não cedendo à tentação de reduzir a proposta cristã a modelos normativos alheados da concretude da experiência humana. 

Estou - como sempre - ao vosso dispor, sem fórmulas mágicas, mas disponível para escutar e criar espaços e tempos que promovam diálogos francos

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O CNE está a mudar a doutrina cristã?

A tentação, em muitas discussões eclesiais, é sermos unívocos: ou é isto ou é aquilo. Aliás, deste desejo, nasceram as heresias, absolutizando a parte de um todo. Ou é Deus ou é homem, mas é Deus e é homem. Cristo é cordeiro (Jo 1,29) e é pastor (Jo 10,11), é o Ressuscitado que almoça com os discípulos (Jo 21,12), mas é também Aquele que, estando as portas fechadas, atravessando paredes, se põe no meio dos discípulos (Jo 20,19). A vida não se reduz à homogeneidade ou à simplificação, porque a realidade é complexa e assume contornos específicos. O humano vive imerso numa realidade que não se pode reduzir a branco ou preto.

1. Do testemunho vivo da verdade e da liberdade

Nestes últimos tempos, neste terreno humedecido, surgiram, como cogumelos em terra maninha, críticas ao Posicionamento Institucional do CNE acerca da afetividade e da sexualidade no programa educativo. Ainda bem, digo eu, porque são louváveis, sobretudo se nascem de um exercício atento às mediações próprias das ciências (GS 44), que contempla a complexidade da realidade à luz do Evangelho, que não dá sentido de modo abstrato nem à margem da vida, mas que reconhece os sinais dos tempos (GS 46). Se os comentários e reações estão ancorados nestes pressupostos, diria Sophia de Mello Breyner, é como um fruto que mostra / aberto pelo meio / a frescura do centro. Ora, quando assim não é, cedemos a uma atitude antievangélica distante da situação concreta e das possibilidades efetivas de cada humano. E, deste modo, facilmente se afirma que o Posicionamento Institucional está em rutura com a Tradição da Igreja.

2. Da fidelidade à Tradição

O documento não apresenta quaisquer ruturas doutrinais, mas o desenvolvimento fiel da doutrina cristã. Ou será que queremos dar assuntos por encerrados, quando, na realidade, estão vivos e presentes no meio de nós? A tentação de musealizar a tradição no passado, de fossilizar o humano em essências abstratas e atemporais, acreditando que está já tudo dito e fechado, como se a doutrina não tivesse nada a dizer à vida das pessoas, ou como se a vida fosse inútil para a doutrina, é mais devedora dos desejos do que propriamente dos factos e dos argumentos.

Na verdade, o desenvolvimento da doutrina traz mudanças, as quais não são uma inversão da Tradição, mas uma interpretação fiel à mesma. As mudanças por fidelidade à Tradição não são degradação do património da fé, mas uma exigência que advém do mistério da Encarnação. O desenvolvimento doutrinal é o desvelamento progressivo da Verdade revelada, que já está completa, mas que nós ainda procuramos conhecer para viver, recebendo-a na história, não estando, por isso, imune às condições históricas e culturais daqueles que a buscam (DV 8). 

Afinal, perguntar-se-á o leitor, o que diz o Posicionamento Institucional? O CNE crê no amor incondicional de Deus por todos, na verdade e singularidade da condição existencial de cada um (Cf. Is 43,1-4), na qual se inclui também a orientação sexual. Em fidelidade ao magistério, afirma-se a absoluta a integração de todos, seja qual for a situação em que se encontrem, e a missão de ajudar cada um a encontrar a sua própria maneira de participar na comunidade eclesial (AL 250).

O desafio que o CNE abraça é ousado porque – e talvez neste ponto resida a fonte das críticas a este documento – se deseja acolher e dar lugar efetivo, na Igreja, a todos os batizados e, por isso, também a quem se identifica como homossexual. O mais cómodo seria fingir que não há necessidade do acompanhamento pastoral de pessoas homossexuais, como se de uma moda cultural se tratasse ou de uma patologia da qual curar-se. Todavia, de que serviria tudo isso se, hoje, não fosse capaz de testemunhar alegria e a esperança do Evangelho diante das situações concretas que afligem os humanos?

3. Do sabor do Evangelho: o discernimento

Este Posicionamento Institucional é uma interpretação fiel à Tradição, convocando-nos a dar primazia ao discernimento, o qual não altera as afirmações doutrinais, mas o modo como se busca a Verdade, que é Jesus Cristo. Quando o discernimento é mal interpretado, dizendo-se que resvala para o terreno da pura subjetividade, considera-se que o documento não esclarece todas as situações e cria questões. Na verdade, seria mais fácil ditar, de modo claro e distinto, as normas objetivas de forma autoritária, blindando-nos na rigidez, esquecendo-nos de que nem todas as discussões doutrinais, morais ou pastorais devem ser resolvidas através de intervenções magisteriais (AL 3). Talvez nos custe dar espaço à consciência dos fiéis que, muitas vezes, respondem o melhor que podem ao Evangelho, dentro dos seus limites. Somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las (AL 37).

O mencionado texto do CNE, ao conjugar o discernimento com a verdade e consciência (GS 16), supera a lógica do mero cumprimento e a tentação de reduzir a vida cristã a parâmetros do cálculo ou à mediocridade do sim ou não, do pode ou não pode. As soluções não são válidas ao mesmo tempo ou em todas as situações, nem há uma única resposta que se aplica em todos os casos. O discernimento não determina o estado da graça de uma pessoa, nem as suas possibilidades concretas com o fim de adaptar a lei moral às mesmas (J. Granados, S. Kampowski e J. Pérez-Soba), mas, conduzido pelo Espírito de Deus, sem diminuir a exigências do Evangelho, procura-se, em consciência, a vontade de Deus no concreto da própria existência. Assim, busca-se livremente o caminho pelo qual Deus está a chamar, na sua situação específica, para que se viva a vontade divina nas condições histórias que se vivem (Julio Martínez, sj).

Aliás, no agir de Jesus, apercebemo-nos de que Ele se recusava a repetir princípios doutrinais estéreis, mas, convidando ao discernimento e apelando à consciência, propiciava oportunidades de crescimento ajustadas ao ritmo daqueles com quem se encontrava (Jo 4,1-42). Portanto, mais do que sermos meras fotocópias da lei ou servos obedientes das normas universais, é crucial considerar-se a historicidade de cada ser humano e da sua progressiva humanização, que revela a sua singularidade enquanto sujeito histórico e circunstanciado.

O Posicionamento Institucional do CNE, em fidelidade à Tradição, sem simplificar a realidade, convida a que se procure a vontade de Deus no concreto da própria existência, para agir mediante uma resposta plena. Em suma, conjuga o discernimento com a verdade e consciência, sem direcionar a vida moral para o subjetivismo, o qual absolutiza a liberdade humana, ou para um objetivismo, que se reduz a mera ressonância da lei. Não está dito que irá ser fácil, mas será, indubitavelmente, mais evangélico, porque assim agiu o próprio Cristo.


Pedro Sousa,

Assistente da Região de Braga.

domingo, 21 de janeiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 839 de 22 a 28 janeiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 839 de 22 a 28 janeiro de 2024

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Luto Nacional, falecimento do Dirigente Júlio Patrocínio

 


Extrato da OSN 760, de 31 de janeiro de 2024

1. DETERMINAÇÕES

Pelo falecimento do Dirigente, Júlio Manuel Patrocínio, ao abrigo do artigo 9º, do Regulamento de Protocolo do CNE, a Junta Central, solidária com a Região de Setúbal, onde foi Chefe Regional, decreta luto oficial nacional por um período de 7 dias, a contar do dia 18 de janeiro de 2024.
O luto manifesta-se institucionalmente, pelo hasteamento a meia-haste das bandeiras ou por uma banda de crepe preto a cobrir a parte superior de bandeiras quando estas se encontrem em mastros portáteis.
Individualmente, os associados, querendo, podem usar uma braçadeira estreita de crepe preto, colocada no braço esquerdo, sobre o uniforme, como forma de manifestação pessoal de luto seja este institucional ou pessoal.

Lisboa e Sede Nacional, 18 de janeiro de 2024

O Chefe Nacional
Ivo Faria


Velório hoje 18 janeiro 2024 (5ª f) a partir das 17h30 na Igreja da Misericórdia do Montijo (junto ao hospital), sendo o funeral amanhã (6ª f) com Missa às 14h, na Igreja Matriz do Montijo, presidida pelo nosso Bispo, Cardeal D. Américo Aguiar, seguindo para o Cemitério do Montijo às 16h30.

domingo, 14 de janeiro de 2024

O Natal é quando um Homem quiser!

O Natal é quando um Homem quiser!"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 5 janeiro 2024 no jornal diário "Correio do Minho"

No passado dia um de janeiro celebrou-se o Dia Mundial da Paz, no escutismo essa celebração não pode deixar ninguém indiferente, porque somos um movimento que que tem como uma das suas grandes finalidades a “Educação para a Paz”, e pela altura de Natal até distribuímos, por todas as nossas paróquias e daí por todas as famílias que a desejem acolher, a chamada “Luz da Paz de Belém”, que se vai buscar diretamente à Igreja da Natividade, em Belém, na Cisjordânia, e é transportada para Viena e dali redistribuída a todas as associações escutistas.

Criando assim, um ambiente de partilha e de Amor que nos ajuda a preparar e a viver o verdadeiro Espírito de Natal. Ora todos sabemos que «Natal é em Dezembro / Mas em Maio pode ser / Natal é em Setembro / É quando um homem quiser», como nos lembra o poeta Ary dos Santos. No escutismo, tal como o poeta, todos queremos que, a cada ano, a cada mês e a cada dia, o mundo possa tornar-se um pouco melhor, se todos formos “mulheres e homens de Boa Vontade” e não tivermos medo contribuirmos com a nossa quota parte, por muito pequena que esta nos pareça ser, para que a mudança desejada possa acontecer. Só desta forma poderemos dizer que deixamos o mundo um pouco melhor do que o encontramos.

Esta mudança tão desejada no comportamento humano conduz-nos à educação do ser humano e como nos recorda um célebre provérbio oriental: «Se quer plantar para poucos dias, plante flores. Se quer plantar por muitos anos, plante uma árvore. Se quer plantar para a eternidade, plante ideias.» Ora, “plantar ideias” não é senão promover a educação, visando esta uma mudança comportamental das pessoas.

Por isso, no escutismo queremos afirmar os direitos participativos de crianças e jovens mobilizando-os na participação quotidiana, para que estes façam parte da “cidade” e que esta se afirme pela simplicidade, de tal forma que Lobitos, Exploradores, Pioneiros e Caminheiros, cada um a seu ritmo, se possam afirmar no seu crescimento, enquanto seres sociais, em “idade, sabedoria e graça”, vencendo, desta maneira todas a formas de egoísmo, incompreensão, intolerância e exploração, que qualquer ser humano.

O facto de “O Natal é quando um Homem quiser!” deve dar-nos força, coragem, prudência e sabedoria, para levarmos a “bom porto” esta missão de educar com valores, conscientes que o nosso horizonte, não é a esquina da nossa rua, mas sim “a eternidade” do provérbio oriental.

A verdade é que, no âmbito da educação formal, não formal ou informal, o educador nunca pode dar por concluída a sua missão porque há muitos outros “atores” a terem uma ação contrária à que as famílias aspiram para os seus filhos. Não valendo a pena evocar que a nossa Constituição da República assim o determina, pois todos sabemos que neste mundo há múltiplos atores que usam “instrumentos” muito diferente e por isso o mundo é o que é.

Podia recorrer a muitos e variados testemunhos, mas vou usar um dos últimos textos de Mateus, do capítulo 26, onde relata a prisão de Jesus: «47Jesus ainda falava, quando veio Judas, um dos Doze, com uma grande multidão armada de espadas e paus; vinham da parte dos sumos sacerdotes e dos anciãos do povo. 48O traidor tinha combinado com eles um sinal: “Aquele que eu beijar, é ele: prendei-o!” 49Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo: “Salve, Rabi!” E beijou-o. 50Jesus lhe disse: “Amigo, para que vieste?” Então os outros avançaram, lançaram as mãos sobre Jesus e o prenderam. 51E eis que um dos que estavam com Jesus estendendo a mão, desembainhou a espada e ferindo o servo do Sumo Sacerdote, decepando-lhe a orelha. 52Mas Jesus, porém, lhe disse: “Guarda a tua espada no seu lugar, pois todos os que pegam a espada, pela espada perecerão. 53Ou pensas tu que eu não poderia apelar para meu Pai, que me mandaria logo mais de doze legiões de anjos? 54Mas como se cumpririam então as Escrituras, que dizem que isso deve acontecer?»

Como estaríamos bem melhor se os líderes dos nossos tempos tivessem o carácter, a coragem, o saber e a consciência que quando à violência se reage com mais violência esta propagar-se-á, qual fogo num palheiro, e o conflito dificilmente terminará e os custos humanos serão imensos.
Por isso é tão importante olharmos para “a eternidade”, pois só assim termos paz, porque o Natal será quando um Homem quiser!

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ref: pin/Crachá_LPB 2023 - 38mmref: pin/Crachá_LPB Viana - 38mm

Folhinha interparoquial nº 838 de 15 a 21 janeiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 838 de 15 a 21 janeiro de 2024

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este
Intenções das missas e informações das 3 paróquias:




domingo, 7 de janeiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 837 de 8 a 14 janeiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 837 de 8 a 14 janeiro de 2024

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este
Intenções das missas e informações das 3 paróquias: