Folhinha interparoquial nº 772 de 15 a 21 de agosto 2022
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terça-feira, 16 de agosto de 2022
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
Festa do Divino Salvador de Nogueiró 2022
Realizou-se no dia 6 de agosto a comemoração do padroeiro da Paróquia do "Divino Salvador" de Nogueiró.
Folhinha interparoquial nº 771 de 8 a 14 de agosto 2022
Folhinha interparoquial nº 771 de 8 a 14 de agosto 2022
segunda-feira, 25 de julho de 2022
Folhinha interparoquial nº 770 de 25 de julho a 7 de agosto 2022
Folhinha interparoquial nº 770 de 25 de julho a 7 de agosto 2022
terça-feira, 19 de julho de 2022
Escadórios da Humanidade - 24 setembro 2022 - és Bombeiro? aceita o desafio
Escadórios da Humanidade - 24 Setembro 2022
CONCENTRAÇÃO DOS CONCORRENTES: 08:30 Horas
INÍCIO DAS PROVAS: 09:30 Horas
PARA: Bombeiros Profissionais, Bombeiros Voluntários, Mistos e Privativos.
Os Recrutas/Estagiários devem apresentar uma declaração com a autorização do Comandante do Corpo de Bombeiros (factor de exclusão).
Escadórios da Humanidade
Subida ao Bom Jesus do Monte
Consiste numa prova de resistência, cujo objectivo é percorrer 615 metros com um desnível positivo de 116 metros com 566 degraus, onde os participantes terão de envergar equipamento de protecção individual (EPI) completo com botas de fogo urbano e aparelho respiratório isolante de circuito aberto (ARICA), no menor tempo possível.
Cada Corpo de Bombeiros tem de trazer os seus próprios (ARICA’s).
- As Botas de Incêndio Urbano e Industrial têm de cumprir normas em vigor;
- A Cogula Incêndios Urbanos deve ser devidamente colocada até ao final da prova;
- O ARICA deve ter no mínimo 200 Bares;
- Capacete colocado devidamente e com viseira;
- Luvas integradas no EPI;
- Só contam para a classificação os tempos dos concorrentes que terminem a prova;
- Os tempos cronometrados de cada prestação individual são contabilizados para a classificação geral;
- A atribuição da classificação geral dos CB por equipas resulta da média da soma dos três melhores tempos em cada escalão do mesmo CB;
OBS: As questões não mencionadas ou que possam suscitar dúvidas serão esclarecidas no local das provas.
mais informações e inscrições: site , facebook , Instagram
segunda-feira, 4 de julho de 2022
domingo, 12 de junho de 2022
Folhinha nº 766 de 13 de junho a 3 de julho 2022
Folhinha interparoquial nº 766 de 13 de junho a 3 de julho 2022
terça-feira, 7 de junho de 2022
A Fundação do CNE: Dom Manuel Vieira de Matos
por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 27 de maio 2022 no jornal diário "Correio do Minho"
Neste sentido, partilharei com os leitores a personalidade deste homem e Pastor que nasceu em Poiares, concelho do Peso da Régua, à época Arquidiocese de Braga, no dia 22 de março de 1861 e faleceu em Braga, aos 71 anos de idade, no dia 28 de setembro de 1932.
Fez a instrução primária num colégio de Lamego, tendo ingressado no seminário da diocese de Braga para continuar a sua formação. Em 1882 concluí a sua formação teológica e, uma vez que a sua região fora, em 1991, incorporada na diocese de Lamego, passou lecionar no seminário de Lamego, mesmo antes da sua Ordenação. E em 1883, no dia 22 de setembro, foi ordenado sacerdote, pelo bispo de Lamego, Dom António Trindade de Melo.
Dois anos depois, começa a frequentar a Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra que concluiu em 1890. Tendo, no ano seguinte assumido o cargo de cónego da Sé de Viseu, de professor do Seminário desta diocese e de secretário particular do Bispo Dom José Dias Correia de Carvalho. Permaneceu nesta diocese durante nove anos tendo-se feito notar o seu cunho pessoal na catequese e formação cristã e em diversos movimentos de apostolado de ação social, além de ter fundado a “Revista Católica”.
Decorria o ano de 1899 quando o papa Leão XIII nomeou Manuel Vieira de Matos Arcebispo de Mitilene e Vigário Geral do Patriarcado de Lisboa, tendo sido ordenado bispo na Sé de Viseu, no dia 15 de Agosto desse mesmo ano, partindo de imediato para Lisboa, sendo o Cardeal Patriarca, Dom José Sebastião Neto.
Notabilizou-se sobretudo pelo trabalho que desenvolveu na Catequese e na Pastoral Operária, envolveu-se na criação da Associação Apostólica para o desenvolvimento das Catequeses, e na constituição do primeiro Círculo Católico de Operários em Lisboa.
Novamente por decisão do Papa Leão XIII, é nomeado, em abril de 1903, para a diocese da Guarda com o título de Arcebispo-bispo. Entrou na diocese no dia 4 de junho desse ano e na Sé da Guarda, nesse dia, apresenta o seu plano da ação: Seminários – formação de cooperador -; Escola – Catequese; Oficina – Pastoral Operária. Este plano foi, imediatamente, colocado em prática sob a sua supervisão.
Ainda em 1903 fundou o Círculo Católico de Operários da Guarda e em maio do ano seguinte funda o boletim diocesano “A Guarda” como forma de levar a mensagem da Igreja a toda a diocese e de impedir o silenciamento. Em 1905 promove e realiza o Congresso de Catequese e funda diversos círculos de operários católicos e em 1908 realiza, na Covilhã, o Congresso de Agremiações Católicas Populares.
Uma personalidade tão forte e com convicções tão profundas, nos tempos da Primeira República dificilmente deixaria de chocar sobretudo com Afonso Costa, o Ministro da Justiça e a personalidade forte do governo, quando as questões da Religião, veja-se da Igreja Católica, foi perseguido, sequestrado, preso e desterrado, como nos conta Jorge Fernandes no seu livro D. Manuel Vieira de Matos, Pai da Diocese de Vila Real(1): «Sequestrado no Paço Episcopal, esteve incomunicável durante treze dias em Junho de 1911; desterrado do distrito da Guarda em Novembro do mesmo ano e em Dezembro do distrito de Castelo Branco, cumpriu dois anos de desterro com todos os seus colegas do Episcopado; várias vezes preso, dias seguidos incomunicável e com a guarda à vista, na Guarda e em Lisboa (1914); levado, sob várias acusações, a julgamento em Tribunal por duas vezes (1912 e 1914), só lhe faltou a crucifixão».
Nota (1): Um agradecimento ao Chefe de Agrupamento de Valpaços, António Escudeiro, que teve a gentileza de me enviar este magnífico livro, editado pela Câmara Municipal de Valpaços, em Abril de 2022.
segunda-feira, 23 de maio de 2022
Folhinha interparoquial nº 763 de 23 a 29 de maio 2022
Folhinha interparoquial nº 763 de 23 a 29 de maio 2022
Semana de Oração no Mês de Maria
domingo, 22 de maio de 2022
O Escutismo é Simples
por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 13 de maio 2022 no jornal diário "Correio do Minho"
Este livro foi escrito a partir das notas que B.-P. fez para a realização de um curso para dirigentes que o fundador realizou pouco antes da primeira guerra mundial, tendo sido publicado em 1920, como nos conta J. S. Wilson na introdução que fez para a edição da Fraternidade Mundial, em 1944. Este dirigente, na qualidade de Chefe de Campo do Parque de Gilwell, o centro escutista ligado à formação de dirigentes, teve a oportunidade de colaborar com o fundador na preparação da nova edição de 1929, quando o Movimento celebrava a maioridade.
Este colaborador de Baden-Powell tem, neste nesta introdução, uma afirmação interessante: «É firme crença minha que o Escutismo de todo o mundo precisa de regressar à primitiva ideia simples de encarar a obra como um jogo que ajudará o rapaz a desenvolver-se com o mínimo possível de fiscalização adulta. Se nós, que escolhemos a elevada função de sermos seus orientadores, nos propusermos na nossa vida diária e em todas as atividades escutistas LEMBRARMO-NOS DO RAPAZ, realizaremos melhor a nossa missão e melhores resultados alcançaremos.»
Como é atual este conselho e como seria útil, nos nossos dias e no CNE, que todos os que têm a responsabilidade na formação dos dirigentes, como tinha J. S. Wilson, o adotassem como orientação basilar para as suas linhas de ação na formação dos adultos.
Na parte I – «Modo de educar o rapaz», no primeiro capítulo, sob o título: “O Chefe-Escuta”, Baden-Powell tem a seguinte reflexão:
«Como palavra preliminar de consolação a futuros Chefes-Escutas gostaria de contraditar o errado conceito corrente de que, para ser Chefe-Escuta eficaz, o adulto precisa de ser um sábio – um sabe-tudo. Nada disso.
Tem de ser apenas um homem-rapaz, isto é:
1. Precisa de estar animado do espírito do rapaz; e precisa de ser capaz de se colocar ao nível dos rapazes, em primeiro lugar.
2. Precisa de compreender as necessidades, modos de ver e aspirações das diferentes idades da juventude.
3. Precisa de tratar mais com o rapaz individualmente do que com a massa.
4. Precisa de promover o espírito de corpo entre os seus rapazes, para alcançar melhores resultados.»
Também no terceiro capítulo, desta parte primeira: “O Escutismo”, depois de uma breve introdução, logo no primeiro ponto sob o título «O Escutismo é Simples», que adotamos para crónica, o fundador escreve: «A um estranho, o Escutismo, à primeira vista, há-de parecer coisa complicada, e há provavelmente muitos homens que desistem de se tornarem Chefes-Escutas devido ao número e variedade enorme de coisas que julga necessário saber para ensinar aos rapazes. Mas tal não é preciso, se se compreenderem os seguintes pontos:
1. A finalidade do Escutismo é perfeitamente simples.
2. O Chefe-Escuta incute no rapaz a ambição e o desejo de aprender por si, sugerindo-lhe atividades que lhe agradam e a que ele se dedica, até que, com a prática, as executa bem.
3. O Chefe-Escuta opera por intermédio dos Guias de Patrulha.»
De facto, ainda hoje, a Constituição Mundial do Escutismo, define a finalidade do escutismo da seguinte forma: «O Movimento escutista tem por finalidade contribuir para o desenvolvimento dos jovens ajudando-os a realizarem-se plenamente no que respeita às suas possibilidades físicas, intelectuais, afetivas, sociais e espirituais, quer como pessoas, quer como cidadãos responsáveis e quer, ainda, como membros das comunidades locais, nacionais e internacionais.»
Finalmente, o fundador em “Auxiliar do Chefe-Escuta” (p.48) alerta-nos para «o objetivo mais importante na formação do escuta – educar; não instruir, reparem bem, mas educar, isto é, levar o rapaz a aprender por si, espontaneamente, aquelas as coisas que contribuem para lhe formar o caráter».
Nota: sempre que se lê “rapaz” deve ler-se “rapariga e rapaz”.
quarta-feira, 11 de maio de 2022
segunda-feira, 2 de maio de 2022
Folhinha interparoquial nº 761 de 2 a 8 de maio 2022
Folhinha interparoquial nº 761 de 2 a 8 de maio 2022
Revisitando a VII Conferência do Escutismo Católico
por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 29 de abril 2022 no jornal diário "Correio do Minho"
Como a reunião se realizou em Roma e o Papa Pio XII dirigiu aos participantes nos seguinte termos:
«Escolhestes Roma, queridos filhos, para local da reunião da Conferência Internacional do Escutismo Católico e é a primeira vez que os vossos dirigentes nacionais se reúnem na cidade eterna. (...) Todos sabemos, na verdade, que desde o princípio a religião ocupou no movimento o primeiro lugar. Mas também tendes consciência de quanto o catolicismo traz de força e precisão à obra educadora a que vos consagrais. Para vós não se trata unicamente de formar cidadãos melhores, mais ativos, mais dedicados ao bem comum da cidade temporal, também é preciso melhores filhos da Igreja. Ora, na Igreja católica, a missão apostólica passa da hierarquia aos fiéis e nos nossos dias todos os fiéis são chamados a colaborar neste apostolado nos meios em que vivem.
Os rapazes, para sermos exatos, não estão em idade de fazer apostolado organizado, mas devem ser preparados para isso.
A experiência de cerca de trinta anos demonstrou largamente o valor formativo do Escutismo. Quantas belas figuras de grandes cristãos, de heróis e de chefes, quantas vocações religiosas e sacerdotais nasceram nas suas unidades. Contudo, atentos a combater os possíveis desvios, revistes continuamente os métodos e recordastes os princípios. Se o escuteiro ama a natureza, não é simplesmente para nela gozar o espaço, o ar puro, o silêncio, a beleza da paisagem; nela toma gosto pela simplicidade, por uma rudeza sã em oposição à vida artificial das cidades e à escravização da sociedade mecanizada, não é para fugir à obrigações da vida civil. Se cultiva boas amizades num grupo escolhido não para recusar os contactos e os serviços. Muito pelo contrário. Nada estaria mais longe do seu ideal. Se gosta das realidades concretas, também não é por desprezo pelas ideias e pelos livros. Tem a preocupação de uma cultura completa e harmoniosa em relação às suas capacidades e necessidades atuais. Para atingir esse fim, a Promessa de cumprir a Lei com a graça de Deus é uma poderosa alavanca que eleva a juventude acima de fraquezas e tentações. Com base nos fundamentos da lei natural, a Lei escutista pela educação do esforço, pela prática quotidiana de voluntárias boas ações, apela para a retidão e para a felicidade por que os jovens tanto anseiam e procuram cultivar aceitando de boa vontade a ajuda de outrem. Fá-los adquirir o horror da fraude, da mentira, da dissimilação.
Os jovens, porque sentem crescer as suas forças, são naturalmente generosos; querem lutar, medir-se com as dificuldades; experimentam a necessidade de dar, de se darem, de ultrapassarem e encontrem na prática da vida ao ar livre e no exercício da habilidade manual um alimento adaptado à sua idade. A pureza, favorecida por este clima moral, é-lhes assim claramente definida e dá à sua energia a reserva e a delicadeza cristãs.
Quem poderia negar a oportunidade de uma educação como esta numa civilização onde reinam o egoísmo, a desconfiança, a cobardia, o amor desenfreado pelo prazer? (...)
Mas esta formação deve ser aberta às realidades socias, naturais e sobrenaturais desde a idade mais jovem, por meio dos métodos concretos de observação e reflexão que lhes convêm. Devem aprender a viver na sociedade moderna e para isso devem ser prudentemente informados das suas estruturas, qualidades e defeitos. Devem preparar-se principalmente para no meio e comunidade paroquial exercerem a influência e assumirem a responsabilidades de que são capazes.
Numa palavra, a formação do caráter, que é a finalidade principal do Escutismo, deve ter uma orientação francamente social e apostólica- Deve preparar para servir o próximo nos contactos pessoais e ao mesmo tempo nas instituições civis e religiosas.»
A intervenção do Papa foi um pouco mais longa, mas aqui fica o essencial, que pela sua atualidade ainda pode ser muito útil ao Escutismo Católico e também ao Corpo Nacional de Escutas.