sexta-feira, 29 de março de 2013

"Monsenhor Américo - O Pastor e o Escuteiro"


um artigo publicado hoje 29 março 2013, no jornal diário "Correio do Minho" da responsabilidade do nosso Chefe Nacional, Carlos Alberto Pereira.

"Monsenhor Américo - O Pastor e o Escuteiro"

Quando um amigo parte, fica-nos um vazio no coração, mas quando esse amigo é para nós uma referência de vida, fica-nos também um vazio na alma!
Assim aconteceu a muitos escuteiros com a notícia do falecimento, no passado dia 20 de março, do Assistente Regional Honorário e Vitalício de Braga, Monsenhor Américo Ferreira Alves. Este Padre e Escuteiro de 95 anos tonou-se uma referência para o movimento escutista português e para a igreja bracarense pela sua dedicação, competência e espírito de serviço.
A sua humildade, alicerçada num sentido pragmático da sua missão, leva-o a deixa-nos um pensamento notável, quando, na alegria da sua ordenação sacerdotal, o queriam homenagear: “Não há homenagens! A única deve-se à Santa Igreja que o aceitou para seu ministro” (5.7.1942). Talvez por isto e pela presença permanente da sua referencia de vida, o sentimento de vazio que nos invadiu, começa a dar lugar a um sentimento de Esperança, é como se o espírito otimista do Mons. Américo aconchegasse as nossas vidas.
Tendo iniciado a ação pastoral na sua terra natal - Joane, como vigário cooperador, cedo passou a servir nos seminários diocesanos como ecónomo (1943/49) e como professor (1949/88). Nestes 39 anos dedicados à docência, nos seminários e noutras instituições educativas: Colégio D. Pedro V (1954/57), Liceu Sá de Miranda (1959/60) e Colégio Teresiano (1960/71), teve a oportunidade ajudar a crescer milhares de jovens.
Permitam-me que recorde, aqui e agora, este professor de excelência, que marcou indelevelmente a minha vida pessoal e profissional. Era, acima de tudo, um professor alegre e exigente, para consigo e para com os alunos, com uma compreensão infindável para com aqueles que tinham mais dificuldades, mas implacável para com os que, por preguiça, não “faziam render os seus talentos”. Num tempo e num espaço onde a pedagogia passiva reinava, as suas aulas eram um verdadeiro oásis pela dinâmica que imprimia, pelo enfoque que colocava nos alunos e pelas oportunidades que sempre criava para valorizar o desenvolvimento de cada um em particular, privilegiando os ritmos de aprendizagem individual, promovendo a dinâmica de grupo, os centros de interesse e a participação dos jovens nas suas próprias aprendizagens. Só mais tarde tomei consciência porque as suas aulas eram uma das exceções à pedagogia tradicional: o Mons. Américo vertia para as suas aulas a pedagogia ativa e criativa do Método Escutista de Baden-Powell, fazendo dele um professor de eleição e querido pelos seus alunos.
Como escuteiro, a sua ação é inarrável, por isso, recordarei a fundação do Clã 8, no seminário conciliar, por onde passavam muitos dos seminaristas de teologia, que assim tomavam contacto com este instrumento de educação não formal, preparando-se para o utilizar nas suas paróquias ajudando os jovens a crescer “em sabedoria e graça”. Ninguém pode calcular o efeito “de bola de neve” que esta iniciativa teve no desenvolvimento do escutismo na região de Braga que teve um desenvolvimento escutista muito mais acelerado que as outras regiões de todo o país.
E também a sua visão, bem antes do Concílio Vaticano II, sobre a importância da participação dos leigos no Escutismo que o levou: a cuidar da sua formação - frequentando o curso da Insígnia de Madeira e de Formador, em Gilwell e participando em acampamentos e conferências mundiais; a integrar as equipas de formação do CNE (1951) que percorriam a região e o país promovendo ações de formação; e a ser cofundador, em 1962, do Campo-Escola Nacional Calouste Gulbenkian, em Fraião, onde foi formador e assistente.
O Mons. Américo foi, de facto, um homem determinado e determinante nesta sua missão de Pastor e de Escuteiro, como se pode ver neste seu pensamento produzido aquando da celebração, em 1992/93, das suas bodas de ouro (de sacerdote e de escuteiro): “ainda hoje estaria disposto a recomeçar”.

noticia publicada na edição em papel e em http://correiodominho.pt/cronicas.php?id=4974

quinta-feira, 28 de março de 2013

Semana Santa em Braga - Procissão da Burrinha

Realizou-se ontem 27 de Março o Cortejo bíblico «Vós sereis o meu povo» ou a PROCISSÃO DE NOSSA SENHORA DA «BURRINHA»
Organizado, desde 1998, pela Paróquia e pela Junta de Freguesia de S. Victor, este eloquente cortejo apresenta a pré-história do Mistério Pascal de Jesus que a Igreja celebra nos dias seguintes. Desde o chamamento de Abraão, passando pela era dos Patriarcas, pela escravidão no Egipto e gesta libertadora de Moisés (prefiguração de Cristo), até à infância de Jesus, incluindo a sua fuga para aquele país com José e Maria com o Menino montada numa burrinha, desfilam, em sucessão cronológica e em verdadeira catequese viva, profetas, reis, figuras eminentes, símbolos e quadros bíblicos do Antigo Testamento. No essencial, assim é figurada a Aliança de Deus com o seu povo - «Vós sereis o meu povo» - e prefigurada a Nova Aliança que será selada com o sangue de Cristo.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Problemas na recepção de emails

ATENÇÃO
devido ao servidor de e-mail do CNE estar com alguns atrasos na mudança, solicito que verifiquem se os vossos e-mails foram enviados correctamente ou se foram devolvidos.
qualquer urgencia utilizem a página do facebook do agrupamento
https://www.facebook.com/groups/cneagr810/

atividade da Páscoa - 23 e 24 Março 2013

No fim de semana de 23 e 24 de Março o agrupamento de Nogueiró, realizou o seu acantonamento da Páscoa, estava previsto a realização de um trilho no Gerês, mas devido ás condições climatéricas, que não eram agradáveis, o mesmo não se realizou e optou-se por fazer um raid pela Freguesia e Freguesias vizinhas, com um questionário e tarefas para os participantes responderem e realizarem, desenvolveram as suas capacidades de Observação, criatividade, espírito de entre-ajuda e equipa, fisicas,espirituais ....
Na noite foi realizado o fogo de campo, na manhã de Domingo o agrupamento participou na procissão de Ramos e na Eucaristia, terminando a atividade no final da Eucaristia.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Luto Nacional - Monsenhor Américo Ferreira Alves


Carlos Alberto Pereira, Chefe Nacional do CNE, decretou Luto Nacional

Segundo o Regulamento Geral do CNE, artigo 15º, e ponto 2 do artigo 9º do Regulamento de Protocolo do CNE, é decretado Luto Nacional durante 14 dias, até 4 de Abril, pelo falecimento do Monsenhor Américo Ferreira Alves.

O luto manifesta-se, individualmente, por uma braçadeira estreita de crepe preto, colocada no braço esquerdo, e, coletivamente, por uma banda de crepe preto a cobrir a parte superior de bandeiras e bandeirolas, conforme o ponto 4 do artigo 9º, do Regulamento de Protocolo do CNE.

O Chefe Nacional
Carlos Alberto Pereira

Extrato da OSN 621, de 29 de Março de 2013

quinta-feira, 21 de março de 2013

Monsenhor Américo Ferreira Alves 1917/2013


Gostaríamos de aqui recordar um texto feito pelo atual assistente do Núcleo de Braga, Cónego António da Silva Macedo, sobre a passagem dos 70 anos da ordenação sacerdotal do Monsenhor Américo, cujo texto foi publicado no Diário do Minho sobre o Monsenhor Américo em julho 2012.

Monsenhor Américo Ferreira Alves

Evocar Mons. Américo, mais conhecido entre nós por P. Américo é justo e salutar.
Está na memória de todos os escuteiros. Nas minhas funções de seu adjunto e depois sucessor, sempre ouvi testemunhos vivos de admiração pelas suas qualidades humanas, virtudes sacerdotais e espírito escutista.
A sua acção durante mais de 50 anos, chegou a quase todas as terras do Minho. E rompeu fronteiras, apoiando as dioceses vizinhas em cursos de formação escutista para dirigentes e caminheiros. Além da Insígnia de Madeira recebida em Gilwell, correu o mundo em Jamborees, Reuniões Mundiais de Escutismo e outras actividades escutistas internacionais.
As ocupações nos Seminários de Braga, como professor e ecónomo e outras tarefas de ensino ainda lhe deixavam tempo para dar assistência espiritual a diversas associações de leigos. Mais ainda, conseguiu deslocar-se a centenas de paróquias, convidado pelos párocos, seus contemporâneos, ou antigos alunos. Reservava para isso alguns fins-de-semana e as férias escolares. Esta acção pastoral foi canalizada para a pregação nas solenidades religiosas, ou dirigidas a jovens, com quem dialogava com simplicidade e elevação. Por estas razões podemos considerar Mons. Américo o maior dinamizador da pastoral juvenil do seu tempo, no nosso meio. Além disso, a sua presença nas paróquias foi apoio indispensável à fundação de muitos agrupamentos do CNE. Penso que seria de muito interesse o resultado dum estudo com este objectivo: quantos grupos do CNE nasceram pela acção directa de Mons. Américo? Estou convencido que a maioria dos existentes nas dioceses de Braga e Viana do Castelo fariam parte desta pesquisa. Haja quem o empreenda.
O seu papel de fundador do Clã 8, do Seminário Conciliar com o nascimento da patrulha de estudos Cisne e depois o agrupamento 421, extensivo aos Seminários Diocesanos, foi decisivo para a valorização dos alunos que por lá passaram. São centenas de antigos escuteiros que continuam, ainda hoje, como assistentes ou dirigentes leigos a exercer e perpetuar a formação que receberam.
Mons. Américo foi co-fundador e Assistente do Campo - Escola Calouste Gulbenkian, de Fraião e do Campo da Apúlia. Hoje, é, ainda o Assistente Regional Honorário e Vitalício da Região de Braga.
É salutar, porque Mons. Américo foi um homem do seu tempo que soube ler, interpretar e agir em conformidade com os sinais dos tempos novos. A sua polivalência, na música, na poesia, no desenho e na organização de jogos escutistas muito contribuiu para dar conteúdo educativo às reuniões e festas escutistas, fogos de conselho e actividades de jovens e adultos.
Poderia resumir em poucas palavras o muito que dele conheço: pedagogo atento, orador fluente, conselheiro e amigo dedicado, sacerdote a tempo inteiro, organizado e metódico, com um coração de criança, numa vontade viril, adulta, ao serviço de todos, com um pendor para os jovens.
Por isso é justo inscrevê-lo entre os maiores e mais dedicados escutas, nas memórias deste Centenário do Escutismo Mundial e nos quase 90 anos do Corpo Nacional de Escutas.
Foram muitas as centenas de dias e noites passadas em campo e muitos milhares de quilómetros percorridos por caminhos de terra batida, por estradas, ou através dos mares ou cruzando o espaço, que fizeram do Mons. Américo o B.P. do Norte.
São bem conhecidas as suas publicações, com estilo directo e acessível. Foram diversos os géneros literários que utilizou com mestria. É sobretudo na crónica de viagens, relatos de acontecimentos, na exposição didática e em traduções que mostrou o seu génio. Ainda hoje nos deliciam.
Pouco tempo depois das celebrações das Bodas de Ouro Sacerdotais e Escutistas ofereceu à Junta Regional de Braga, com generosidade e desprendimento impressionantes a totalidade das suas condecorações, medalhas comemorativas e ofertas recebidas por ocasião de celebrações festivas. Fê-lo com toda a lucidez e alegria, num gesto de gratidão e espírito de serviço. A história do CNE ficou mais enriquecida com esta doação. Seria educativo e salutar expor a público, nestas celebrações, o valioso espólio que nos legou.
Acolhido na Casa Sacerdotal de Braga, com dificuldades de ouvido e visão, continuou a ser o mesmo, aceitando as limitações da idade e da doença. Até há pouco tempo acompanhava com muito interesse todas as notícias relacionadas com o Movimento. Agora, mais frágil, sorri quando se lhe toca o ponto mais sensível da sua vivência sacerdotal: o Escutismo.
Ocorre o 70.ºaniversário da sua Ordenação Sacerdotal, no dia 6 do corrente. O Corpo Nacional de Escutas, com o Chefe Nacional, o Chefe Regional, o Chefe de Núcleo e um grupo de escutas amigos, participam nesse dia, às 17 horas, na Casa Sacerdotal, numa Missa de Congratulação e Acção de Graças.
Gostaria de terminar este testemunho com palavras escritas por Mons. Américo, no prefácio duma edição do Cancioneiro Escutista que impulsionou e ajudou a “organizar”. É um conselho salutar: “Não se imagine uma reunião escutista sem incluir uma canção”.

Braga, 4 de Julho de 2012
Cón. António da Silva Macedo


NOTA: O Funeral realiza-se na próxima sexta-feira dia 22 Março 2013 pelas 15h em Joane - Vila Nova de Famalicão.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Habemus Papam, já temos Papa

Acolhemos com alegria o Santo Padre,
Papa Francisco ! Viva o Papa, Viva o papa, Viva o Papa

O novo Papa é o cardeal argentino Bergoglio s.j., Papa Francisco
É o primeiro papa latino-americano da história.