domingo, 30 de outubro de 2022

Folhinha nº 781 de 31 de outubro a 6 de novembro 2022

Folhinha interparoquial nº 781 de 31 de outubro a 6 de novembro 2022

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este
Intenções das missas e informações das 3 paróquias:




domingo, 16 de outubro de 2022

Folhinha nº 780 de 17 a 30 de outubro 2022

Folhinha interparoquial nº 780 de 17 a 30 de outubro 2022

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este
Intenções das missas e informações das 3 paróquias:




sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Planear no Agrupamento o Ano do Centenário

Planear no Agrupamento o Ano do Centenário"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 14 de outubro 2022 no jornal diário "Correio do Minho"



Já por duas vezes abordamos o enquadramento das comemorações do Centenário da fundação Corpo Nacional de Escutas, que se iniciaram a 27 de maio passado, na região de Lisboa e terminarão em Coimbra, no mês de outubro do próximo ano.
Há, contudo, dois momentos que não deixarão de ser dos mais aglutinadores nestas comemorações, a saber: a data de aniversário, o dia 27 de maio de 2023, a celebrar na Arquidiocese fundadora e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a realizar em Lisboa (1-6 de agosto de 2023), presidida pelo Papa Francisco e que não deixará de envolver os jovens católicos que integram o Movimento Escutista Mundial. Para estes jovens, o Corpo Nacional de Escutas que deverá criar condições de acolhimento para aqueles que vão chegar na(s) semana(s) que antecede(m) a jornada propriamente dita. Nas proximidades do espaço reservado para este megaevento, como seria bom que, no final da JMJ, o acampamento dos escuteiros a todos fizesse recordar o Acampamento Mundial de Moison, França, realizado em 1947, depois da II Guerra Mundial, que ficou consagrado como o Jamboree da Paz.

Para que este desejo se possa tornar realidade é necessário que as Juntas Centrais: a atual e a futura, resultante do ato eleitoral a realizar, no princípio do próximo ano, têm que, como dizia a raposa ao principezinho, na narrativa de Saint-Exupéry, “cativar” as estruturas regionais, de núcleo e de agrupamento, para que este objetivo seja comum a todo o CNE, não deixando de fora as Associações dos Escoteiros de Portugal e das Guias de Portugal.

Este é o tempo certo, uma vez que os
 órgãos executivos, nacional, regionais e de núcleo já aprovaram os respetivos planos de atividades e que o mês de outubro é dedicado à elaboração e aprovação dos planos de atividade de agrupamento.

Sendo verdade que, muitas vezes dizemos «Deus escreve direito por linhas tortas», o que é certo é que a figura central do plano anual de atividades para este ano escutista, São Nuno de Santa Maria, é um homem verdadeiramente aglutinador no seu tempo e nos dias de hoje, o Condestável que defendeu «a terra que o viu nascer», mas que, cumprida a missão militar trocou a posição de vencedor para se dedicar ao serviço dos outros. Um homem que, mesmo nos tempos de guerra, finda a batalha, mandava tratar todos os feridos, independentemente de serem os seus soldados ou os de Castela. À qual se associa também o lema: «Saber: recordar o caminho feito, para projetar o futuro». Este enquadramento permitir-nos-á, recorrendo, novamente, à expressão de Saint-Exupéry, estabelecer os laços de amizade que criam as condições de paz e a consolidam nos nossos corações.

Assim sendo, os planos de atividade, dos 999 Agrupamentos em atividade, poderão ser o instrumento vital para que o ano escutista de 2022/2023, aproveitando a riqueza dos acontecimentos programados, criem as condições para que, crianças e jovens, consolidem os seus percursos de autoformação e que estes preencham, plenamente, o célebre lema da educação da Atenas do século V antes de Cristo «Alma sã em corpo são».

Um outro objetivo que, certamente, marcará estes planos de atividades dos agrupamentos e que numa linguagem mais aventureira poderíamos definir como «à procura do tempo perdido» e neles deixará uma marca indelével de autonomia, de responsabilidade e de serviço. Os últimos três anos foram marcados pelos tempos pandémicos que a todos impuseram condicionalismos extremamente duros. De certa forma, todos, em geral, tivemos uma grande capacidade de adaptação, não de sobreviver, mas de viver a nossa vida, apesar das dificuldades. Temos consciência que esses tempos nos impediram de viver a vida que gostaríamos e, por isso, a vontade de recuperar tudo aquilo que projetamos e que tivemos de deixar para trás será grande, mas este objetivo tem que ser definido com “peso, conta e medida” para que os resultados nos proporcionem satisfação e progresso e não desilusão. Não podemos perder as nossas ilusões!

Assim como «Roma e Pavia não se fizeram num dia», também a nossa recuperação do “tempo perdido” tem que ser progressiva e harmoniosa para que as crianças e jovens que nos são confiados, também eles, possam «crescer em idade, sabedoria e graça».




Catequese Paroquial de Nogueiró - Inicio 15 Outubro, 10:30h

 Catequese Paroquial de Nogueiró

Tem início, sábado, dia 15 de outubro, ás 10:30h a Catequese Paroquial de Nogueiró. (Junto à Igreja Paroquial



quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Folhinha nº 779 de 10 a 16 de outubro 2022

Folhinha interparoquial nº 779 de 10 a 16 de outubro 2022

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este
Intenções das missas e informações das 3 paróquias:

 



terça-feira, 4 de outubro de 2022

Folhinha interparoquial nº 778 de 3 a 9 de outubro 2022

Folhinha interparoquial nº 778 de 3 a 9 de outubro 2022

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este
Intenções das missas e informações das 3 paróquias:

Ficha Inscrição novos escuteiros: aqui



domingo, 2 de outubro de 2022

Recordando o Fundador: D. Manuel Vieira de Matos (I)

Recordando o Fundador: D. Manuel Vieira de Matos (I)"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 30 de setembro 2022 no jornal diário "Correio do Minho"


No âmbito das celebrações do Centenário do Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português, recordamos o seu Fundador, D. Manuel Vieira de Matos.
28 de setembro de 2022 1

A Junta de Núcleo de Braga, já há alguns anos que inclui, nos planos anuais de atividades, a celebração do dia do fundador do Corpo de Scouts Católicos Portugueses, designação inicial do Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português, no dia 28 de setembro, dia do seu falecimento.
Recorde-se que as celebrações do centenário da fundação do centenário do CNE, decorrerão entre o primeiro evento se realizou na cidade de Lisboa, no passado dia 27 de maio de 2022, estando previsto o seu encerramento para o mês de outubro de 2023, na cidade de Coimbra.

Assim, nestes tempos de centenário, a Junta de Núcleo de Braga, na passada quarta-feira, decidiu colocar uma lápide evocativa do ato fundacional perpetrado pelo Arcebispo de Braga, D. Manuel Vieira de Matos, na rua que, por decisão da Câmara Municipal de Braga, tem, desde a sua abertura, o nome deste prelado.

O pequeno Manuel nasceu no dia 22 de março de 1861, na freguesia de Poiares, do concelho de Peso da Régua, à época território integrado na Arquidiocese de Braga. Fez a instrução primária num colégio em Lamego, e órfão de pai ingressou no seminário da diocese de Braga. Em 1882, terminou os seus estudos de formação teológica, tendo sido escolhido para exercer as funções de professor no seminário de Lamego, pois a sua terra natal fora incorporada na diocese de Lamego, em 1881 e no dia 22 de setembro de 1883 foi ordenado presbítero na Sé desta diocese.

Em 1885, rumou à universidade de Coimbra para cursar Teologia, que concluiria em 1890. No ano seguinte foi nomeado cónego da Sé de Viseu, professor no seminário desta diocese e secretário particular do bispo D. José Dias Carvalho.

Em 1899, o Papa Leão XIII nomeou-o Arcebispo de Mitilene e Vigário-Geral do Patriarcado de Lisboa, sendo, no dia 15 de agosto desse ano, ordenado bispo na Sé de Viseu. Em abril de 1903 o mesmo Papa nomeou-o para a diocese da Guarda, com o título de Arcebispo-bispo, entrou na diocese no dia 4 de junho do mesmo ano.
Finalmente, no dia 1 de outubro de 1914, o Papa Bento XV, nomeou-o Arcebispo de Braga, mas só, cerca de seis meses depois, a 14 de março de 1915 é que o prelado entrou na Sé de Braga, quando já havia tomado posse em 25 de fevereiro. No dia 28 de setembro de 1932, D. Manuel Vieira de Matos faleceu com 71 anos de idade, na cidade dos Arcebispos.

Podemos dizer que este prelado, que o Expresso, em 2013, consagrou, na primeira de quatro revistas especiais que publicou sobre “Os 100 portugueses que moldaram o século XX”, tendo esta lista sido elaborada pelo historiador Rui Ramos e pelo ex-diretor do Expresso Henrique Monteiro, foi um homem determinante e determinado do seu tempo, com uma visão de Sociedade e de Igreja clara e envolvente para as dioceses que serviu, demonstrando uma envergadura admirável, como Homem, como Cidadão e como Pastor – alguém que não se subjugava nem se deixava subjugar. Sem receio do confronto com os poderosos do mundo do seu tempo, em defesa do seu rebanho, este “mártir da Primeira República” que partilhava o martírio com D. António Barroso, Bispo do Porto, que produziria uma afirmação que ficou célebre: “há duas coisas de que eu não morro: de medo e de parto”.

Assim o demonstrou D. Manuel Vieira de Matos na sua luta contra a repristinação das leis do Marquês de Pombal contra os jesuítas, bem como as de Joaquim António de Aguiar (o Mata-Frades) quanto às ordens religiosas (1834) e, de um modo especial, contra a legislação aprovada pelo governo da Primeira República - Lei da Separação da Igreja e do Estado em Portugal, não por esta lei deixar de considerar o catolicismo como a religião oficial do estado, mas porque pretendia manietar a Igreja com mecanismo que lhe retirava a autonomia e a independência e impedia a articulação com a Igreja Universal. Mas também porque foram arrolados os bens e as propriedades da Igreja e incorporados no Estado. Além disso, Afonso Costa, o grande estratega destas ações, suportado por outras figuras republicanas, não se coibia de apregoar e garantir que, com esta legislação o catolicismo seria, no espaço de duas ou três gerações, completamente irradiado de Portugal.


1Texto da lápide colocada, na Rua D. Manuel Vieira de Matos, pela Junta de Núcleo de Braga do CNE.