segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Folhinha nº 798 de 27 de fevereiro a 5 de março 2023

Folhinha interparoquial nº 798 de 27 de fevereiro a 5 de março 2023

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este

Intenções das missas e informações das 3 paróquias:




segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Folhinha nº 797 de 20 a 26 de fevereiro 2023

Folhinha interparoquial nº 797 de 20 a 26 de fevereiro 2023

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este

Intenções das missas e informações das 3 paróquias:






sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Baden-Powell e a Boa Ação Diária do Escuteiro

Baden-Powell e a Boa Ação Diária do Escuteiro"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 17 de fevereiro 2023 no jornal diário "Correio do Minho"


No próximo dia 22 de fevereiro, por todo o mundo escutista, celebra-se o dia de Baden-Powell. O fundador do escutismo faria 166 anos e hoje queria partilhar com os leitores um dos elementos mais importantes na vida de qualquer escuteiro, é uma marca de serviço ao outro – a boa ação quotidiana -, que todo o escuteiro assume realizar.
Recorro ao biografo de Baden-Powell, Robert Bastin, na biografia “Baden-Powell Cidadão do Mundo”, que, na edição portuguesa, tem um prefácio, sob o título “Baden-Powell e Portugal”, onde o antigo assistente nacional adjunto do CNE documenta as visitas do fundador a Portugal, diversos encontros e as suas intervenções e outros escritos.

Recordemos que 1907 é considerado o ano oficial da fundação do Escutismo, coincidindo com a realização do primeiro acampamento escutista, na Ilha de Brownsea, de 31 de julho a 9 de agosto, com montagens e desmontagens incluídas, e que o livro “Escutismo para Rapazes” foi publicado em seis fascículos, sendo o primeiro destes colocado em circulação a 15 de janeiro de 1908:
Ainda em 1908, Baden-Powell, na sua viagem de férias à América do Sul, ajudou a erguer a primeira organização escutista no estrangeiro, a do Chile. O escutismo pulava as fronteiras do império britânico, dando forma à Fraternidade Mundial.

O que o fundador nunca terá imaginado é que a expansão para os Estados Unido da América viria a ter origem numa Boa Ação de um jovem escuteiro londrino, que Robert Bastin descreve na citada biografia de B.-P. da seguinte forma:
«Arrastando a sua pesada mala de pele de porco, um rico americano dirigia-se penosamente para o seu hotel londrino, quando um rapaz de cerca de quinze anos se ofereceu para o aliviar da bagagem. Quando chegaram, o rapaz recusou a gratificação. Saudando-o com os três dedos, disse gentilmente ao estrangeiro: “Sou escuta e pratiquei a minha B. A. [Boa Ação], ajudando-o.

Impressionado com a sua cortesia, o americano informou-se da obra dos escutas e dirigiu-se ao Q.G. Comprou o “Escutismo o para Rapazes” e quando voltou a casa, fez tudo para realizar as suas diretivas. No ano seguinte, o presidente Roosevelt escreveu a Baden-Powell: “estou francamente de acordo não só com o método do livro, mas mais ainda com o seu fim, depois de algumas pequenas alterações de terminologia. As lições que nele se encontram adaptam-se tão bem e são tão necessárias aos jovens americanos como aos ingleses. Se a geração vindoura crescer na pureza e na exaltação do patriotismo sem nunca descer aos baixos instintos nem os admirar, o futuro será cheio de esperança, porque eu creio que a mera frivolidade pode causar tanto mal como a corrupção. Estou, em especial, inteiramente de acordo com o livro para concluir que os desportos atléticos, embora excelentes em si, não devem sobrepor-se à vida ao ar livre, tal como diz”.

O grande homem de estado compreendera o fundo do problema e a verdadeira posição de Baden-Powell. Tais encorajamentos davam-lhe prazer; mas o mais lhe agradava era ver milhares e milhares de rapazes experimentar o seu método. [...]
Quando, finalmente deixou o exército, começou a sua volta ao mundo, para estudar o problema do Escutismo nos Domínios e nas Colónias. Na China, no Japão, nos Estados Unidos pôde verificar o progresso do seu movimento, corrigir erros e lançar o entusiasmo dos rapazes na boa direção. Loucamente aclamado [pelos jovens], mas sempre simples, modesto e gracejador ia através do mundo despertando entusiasmo.»
O escutismo nos Estados Unidos da América, sob a designação de “Boys Scouts of America” foi oficialmente criado no dia 8 de fevereiro de 1910, dois anos após o singular encontro de um jovem escuteiro londrino que foi selado, em primeiro lugar, com uma Boa Ação do jovem e pela admiração do abastado americano, e, em segundo lugar, com o desejo do adulto em ver crescer no seu país o movimento escutista.




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Folhinha nº 796 de 13 a 19 de fevereiro 2023

Folhinha interparoquial nº 796 de 13 a 19 de fevereiro 2023

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este

Intenções das missas e informações das 3 paróquias:




sábado, 11 de fevereiro de 2023

A Carta de Clã projeto Comunitário de vida e progresso para o Caminho

“A Carta de Clã projeto Comunitário de vida e progresso para o Caminho"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 3 de fevereiro 2023 no jornal diário "Correio do Minho"


Recordemos que a primeira vez que se publica uma referência cuidada à temática que hoje tratamos aconteceu em 1973, como um suplemento à revista Flor de Lis, com o título “Caminheiros” onde, no verso da folha Q 2, podemos ler: «O Progresso Comunitário, mais vulgarmente designado por Carta de Clã, é um dos segredos do método mais desconhecidos entre nós e, que saibamos, só foi posto à experiência em Clãs da região de Lisboa.»

Decorridos oito anos, com a publicação da Proposta Educativa da IV Secção, do Corpo Nacional de Escutas, podemos constatar que o tema foi retomado como se pode ler nas páginas 125 e 126:

«O caminheirismo tem de ser uma subida progressiva para a Partida, e como tal precisa de ser norteada por valores e pequenas regras que pouco a pouco vão ajudar a construir uma grande obra, que é o jovem no seu todo.
Dentro deste espírito, a Carta de Clã, documento definidor das grandes linhas de ação desta secção, é um conjunto de regras simples, que oriente a vida do caminheiro, da equipa1 e do próprio Clã ao longo do caminho.
Resumindo, a Carta de Clã é uma carta de intenções (atitudes e ações), elaborada em termos genéricos, mas preciosos e ricos de conteúdo.
A Carta de Clã só se destina a caminheiros investidos, que aceitaram o seu cumprimento, para um ano, na altura da promessa, sendo renovada anualmente.

Deve ser elaborada em conselho de Clã e revista anualmente. As modificações à referida carta, são decididas em conselho de Clã e podem ser apresentadas quer pela equipa, quer individualmente.
No fim de cada caminhada, na avaliação, deve haver espaço para fazer uma pequena reflexão sobre a Carta do Clã, de maneira a fazer-se um exame de consciência ao passado e propor um reajustamento para o futuro.

Para terminar, poder-se-ia dizer que a Carta de Clã, é um Projeto Pessoal de Vida e Progresso Comunitário, que poderá ser uma excelente ajuda para a autoformação integral do caminheiro.

É necessário, portanto, oferecer aos caminheiros um progresso comunitário que consista em esforços:
- Adaptados às suas necessidades e possibilidades.
- Escolhidos e vividos em comum.
- Orientados para a aquisição de qualidades indispensáveis para a vida.
Tudo isto porque:
"É que na idade de Caminheiros todos os rapazes têm a secreta ambição de realizarem grandes coisas”2»
A partir destes dois textos separados por um intervalo temporal de oito anos, percebemos que a Carta de Clã para poder ser eficaz e eficiente, enquanto projeto comunitário de vida e progresso para o caminho, deve ser construída a partir dos PPV – Projetos Pessoais de Vida e progresso para os diversos caminhos individuais, de modo que, todos os caminheiros se sintam enquadrados na magna Carta de Clã. Só assim, haverá um desenvolvimento harmonioso de cada um, em particular, e de todos, em geral. O PVP é um percurso educativo individual formatado por cada um dos jovens, em função das suas necessidades, prioridades ou anseios. Neste sentido, ele compõe-se de duas partes: uma parte aberta, que o Caminheiro partilha com a tribo e com o Clã para a elaboração da Carta de Clã, e uma outra reservada ao seu autor e destinatário, que integra objetivos e sonhos mais pessoais e íntimos, que este poderá ou não partilhar com todos, alguns ou nenhum membro de Clã.

A evolução de cada membro do Clã contribui para o desenvolvimento do seu coletivo e cria sinergias que permitem obter um ganho superior à “média aritmética” dos intervenientes. Por isso, a revisão anual da Carta de Clã, deve ter em conta o progresso alcançado, mas também considerar os diversos pontos de partida de todos os caminheiros e, de um modo especial, dos novos elementos do Clã, para que todos os anos possa ser um instrumento simultaneamente desafiador – contribuindo para o desenvolvimento de todos em geral e de cada um em particular -, e integrador - permitindo o desenvolvimento de laços de fraternidade e de solidariedade -, num trabalho colaborativo permanente, dando sentido ao trecho extraído da Oração pela Paz, de São Francisco de Assis: «é dando que se recebe, / é perdoando que se é perdoado,».


1Tribo, na designação atual.
2Citação de Baden-Powell, fundador mundial do escutismo


outras crónicas já publicadas:



domingo, 5 de fevereiro de 2023

Folhinha interparoquial nº 795 de 6 a 12 de fevereiro 2023

Folhinha interparoquial nº 795 de 6 a 12 de fevereiro 2023

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este

Intenções das missas e informações das 3 paróquias: