terça-feira, 31 de março de 2020

Folhinha interparoquial de 29 março 2020

Avisos da Paróquia:

Celebração de missas: Em consonância com as indicações do Governo e das autoridades de saúde, a Conferência Episcopal Portuguesa determina que os sacerdotes suspendam a celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a atual situação de emergência .
Cartório Paroquial: o serviço do cartório paroquial deixa de estar aberto ao público. Para tratar de qualquer assunto devem entrar em contacto telefónico (telem. 916099541) ou por mail (zonaestebraga@gmail.com).
Rezar em Casa: Durante este tempo iremos dando alguns contributos para que a nossa caminhada de quaresma possa continuar.
O Laboratório da Fé preparou uma Liturgia Familiar para este 5º domingo da Quaresma.
Com o apoio de uma proposta de oração, de um vídeo e até de atividades para os mais novos, podemos, em família, alimentar a nossa fé e criar ou manter o hábito de ler a Palavra de Deus.

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sexta-feira, 27 de março de 2020

A oração do Papa com a Bênção Urbi et Orbi - Homilia

A oração do Papa com a Bênção à Cidade de Roma e ao Mundo
27 março 2020









HOMILIA DO SANTO PADRE
Adoração do Santíssimo
e Bêncão Urbi et Orbi
«Ao entardecer…» (Mc 4, 35): assim começa o Evangelho, que ouvimos. Desde há semanas que parece o entardecer, parece cair a noite. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados «vamos perecer» (cf. 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos.
Rever-nos nesta narrativa, é fácil; difícil é entender o comportamento de Jesus. Enquanto os discípulos naturalmente se sentem alarmados e desesperados, Ele está na popa, na parte do barco que se afunda primeiro... E que faz? Não obstante a tempestade, dorme tranquilamente, confiado no Pai (é a única vez no Evangelho que vemos Jesus a dormir). Acordam-No; mas, depois de acalmar o vento e as águas, Ele volta-Se para os discípulos em tom de censura: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).
Procuremos compreender. Em que consiste esta falta de fé dos discípulos, que se contrapõe à confiança de Jesus? Não é que deixaram de crer N’Ele, pois invocam-No; mas vejamos como O invocam: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» (4, 38) Não Te importas: pensam que Jesus Se tenha desinteressado deles, não cuide deles. Entre nós, nas nossas famílias, uma das coisas que mais dói é ouvirmos dizer: «Não te importas de mim». É uma frase que fere e desencadeia turbulência no coração. Terá abalado também Jesus, pois não há ninguém que se importe mais de nós do que Ele. De facto, uma vez invocado, salva os seus discípulos desalentados.
A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade. A tempestade põe a descoberto todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades.
Com a tempestade, caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada) pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos.
«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Nesta tarde, Senhor, a tua Palavra atinge e toca-nos a todos. Neste nosso mundo, que Tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»
«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Senhor, lanças-nos um apelo, um apelo à fé. Esta não é tanto acreditar que Tu existes, como sobretudo vir a Ti e fiar-se de Ti. Nesta Quaresma, ressoa o teu apelo urgente: «Convertei-vos…». «Convertei-Vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2, 12). Chamas-nos a aproveitar este tempo de prova como um tempo de decisão. Não é o tempo do teu juízo, mas do nosso juízo: o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é. É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros. E podemos ver tantos companheiros de viagem exemplares, que, no medo, reagiram oferecendo a própria vida. É a força operante do Espírito derramada e plasmada em entregas corajosas e generosas. É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras.
«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» O início da fé é reconhecer-se necessitado de salvação. Não somos autossuficientes, sozinhos afundamos: precisamos do Senhor como os antigos navegadores, das estrelas. Convidemos Jesus a subir para o barco da nossa vida. Confiemos-Lhe os nossos medos, para que Ele os vença. Com Ele a bordo, experimentaremos – como os discípulos – que não há naufrágio. Porque esta é a força de Deus: fazer resultar em bem tudo o que nos acontece, mesmo as coisas ruins. Ele serena as nossas tempestades, porque, com Deus, a vida não morre jamais.
O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar. O Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor. No meio deste isolamento que nos faz padecer a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, ouçamos mais uma vez o anúncio que nos salva: Ele ressuscitou e vive ao nosso lado. Da sua cruz, o Senhor desafia-nos a encontrar a vida que nos espera, a olhar para aqueles que nos reclamam, a reforçar, reconhecer e incentivar a graça que mora em nós. Não apaguemos a mecha que ainda fumega (cf. Is 42, 3), que nunca adoece, e deixemos que reacenda a esperança.
Abraçar a sua cruz significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de omnipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. Significa encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir-se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade. Na sua cruz, fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar. Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança.
«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Queridos irmãos e irmãs, deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de vos confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo desça sobre vós, como um abraço consolador, a bênção de Deus. Senhor, abençoa o mundo, dá saúde aos corpos e conforto aos corações! Pedes-nos para não ter medo; a nossa fé, porém, é fraca e sentimo-nos temerosos. Mas Tu, Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade. Continua a repetir-nos: «Não tenhais medo!» (Mt 14, 27). E nós, juntamente com Pedro, «confiamos-Te todas as nossas preocupações, porque Tu tens cuidado de nós» (cf. 1 Ped 5, 7).
(«Sagrado» da Basílica de S. Pedro, 27 de março de 2020)



A Nossa Gratidão...

A Nossa Gratidão

por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 27 de março 2020 no jornal diário "Correio do Minho"


 Na última crónica, deu-se conta das medidas que o Corpo Nacional de Escutas tomou, em sintonia com as autoridades de saúde, dando, desta forma, o seu contributo na luta à pandemia que a todos aflige.
Um dos elementos constituintes do Método Escutista é o “Sistema de Patrulhas”, ou seja, a dinâmica da vida em pequenos grupos, onde se desenvolvem as aprendizagens do “jogo social espontâneo”. Neste sistema, cada um dos elementos tem uma função, assumindo-se como um dos diversos membros de um só corpo, assim, sempre que um deles manifesta dificuldades, os outros ajudam-no para que o corpo (isto é, todos eles e cada um deles) não venha a ressentir-se.

Nestes dias de receios, o escutismo assume que o seu grande desígnio de cidadania é proteger aqueles (crianças e jovens) que lhe são confiados. Este propósito, não se confina ao “comodismo egoísta” de pensar unicamente em si, bem pelo contrário, ele assenta naquele que é um dos mais repetidos e atuais apelos – que cada um de nós não assuma comportamentos de risco, que levarão à expansão da pandemia – fazemo-lo para que os serviços de saúde não sejam sobrecarregados pela consequências de comportamentos que, nestes tempos de crise, são socialmente desadequados, procurando, desta forma, promover uma gestão que evite o risco desnecessário.

Contudo, para que o isolamento, voluntário ou obrigatório, possa ser menos “doloroso”, sobretudo nas crianças e jovens – onde a energia abunda -, tem que ser garantido, tanto a montante como a jusante, um conjunto de ações que visem o bem-estar das pessoas, respondendo às necessidades básicas como, a alimentação, a higienização, segurança e saúde.
Por isso, a nossa gratidão tem como destinatários todos os que diariamente, de dia e de noite, se empenham no bem-estar de todos, sacrificando-se a eles próprios e às suas famílias.

No primeiro grupo, incluem-se todos os que contribuem para que na “nossa mesa não falte o pão”, desde o agricultor que lança a semente à terra até aos que dão vida aos sistemas de distribuição dos bens alimentares, da água, da eletricidade e de outros bens essenciais. No segundo grupo, aqueles que procedem à higienização dos espaços públicos e à recolha dos lixos. No terceiro grupo, os que garantem a segurança, de pessoas e bens, e ainda o cumprimento das medidas preventivas aprovadas. Finalmente, o grupo dos farmacêuticos, que asseguram o acesso aos medicamentos e produtos afins, e dos cuidadores, incluindo desde os que transportam os doentes aos que deles cuidam em lares, centros de saúde ou hospitais, e aqui lembrar que enfermeiros e médicos são “a última fronteira” entre “o viver” e “o partir”, são a nossa última esperança…

Sem dúvida alguma, todos eles formam uma plêiade digna de ser incluída na proposição de “Os Lusíadas”, do genial Luís de Camões: «E aqueles que por obras valerosas / Se vão da lei da Morte libertando» e ainda: «Que eu canto o peito lustre Lusitano». Sobretudo porque sabemos que, em casa, todos têm família que precisa dos seus cuidados e atenção, como também sabemos que nem sempre têm as melhores condições, por vezes até, nem as necessárias e suficientes, para o exercício das suas atividades profissionais. Para com todos eles temos esta dívida de gratidão, por não terem optado pelo caminho mais fácil, mas por terem escolhido o caminho mais trabalhoso e perigoso – o do Serviço ao próximo.

Quanto a nós, resta-nos seguir, sem hesitar, as recomendações das autoridades competentes. Será a maneira de contribuirmos para a nossa segurança, mas também para a segurança dos outros e, de um modo especial, para a de todos os profissionais de saúde a quem nunca será demais agradecer a dedicação, competência, responsabilidade e abnegação que demonstram, nesta luta desigual, pela nossa proteção, contra a Covide-19, mesmo colocando-se permanentemente em perigo. Finalmente, podemos ainda pedir que Deus os proteja, a eles, que são os nossos “anjos da guarda”, mas também às suas famílias.

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quarta-feira, 25 de março de 2020

Em Fátima, Portugal e Espanha consagrados a Jesus e Maria - 26 março 2020






Em Fátima, Portugal e Espanha consagrados a Jesus e Maria

«Coração de Jesus Cristo, médico das almas, filho amado e rosto da misericórdia do Pai, a Igreja peregrina sobre a terra, em Portugal e Espanha, nações que tuas são, olha para o teu lado aberto, sua fonte da salvação, e suplicam:
Nesta singular hora de sofrimento, assiste a tua Igreja, inspira os governantes das nações, ouve os pobres e os aflitos, exalta os humildes e os oprimidos, cura os doentes e os pecadores, levanta os abatidos e os desanimados, liberta os cativos e os prisioneiros e livra-nos da pandemia que nos atinge.

Coração de Jesus Cristo, médico das almas, elevado no alto da cruz e tocado pelos dedos dos discípulos no íntimo do Cenáculo, a igreja peregrina sobre a terra em Portugal e Espanha, nações que tuas são, contempla-te como a imagem do abraço do Pai à humanidade. É esse abraço que, no espírito do Amor, queremos dar uns aos outros segundo o teu mandato no Lava-pés, e suplicam-te:
Nesta hora singular de sofrimento, ampara as crianças, os anciãos e os mais vulneráveis, conforta os médicos, os enfermeiros, os profissionais de saúde e os voluntários cuidadores. Fortalece as famílias, e reforça-nos na cidadania e na solidariedade. Sê a luz dos moribundos, acolhe no teu reino os defuntos, afasta de nós todo o mal e livra-nos da pandemia que nos atinge.

Coração de Jesus Cristo, médico das almas e filho da Virgem Santa Maria. Pelo coração da tua Mãe, a quem se entrega a igreja peregrina sobre a terra, em Portugal e Espanha, nações que desde há séculos tuas são, e em tantos outros países, aceita a consagração da tua igreja. Ao consagrar-se ao teu Sagrado Coração, entrega-se a Igreja à guarda do Coração Imaculado de Maria, configurado pela luz da tua Páscoa, e aqui revelado a três crianças como refúgio e caminho que ao teu coração conduz. Seja a Virgem Santa Maria, Senhora do Rosário de Fátima, saúde dos enfermos e refúgio dos teus discípulos gerados junto à cruz do Teu amor. Seja o Imaculado Coração de Maria, a quem nos entregamos connosco a dizer:
Nesta singular hora de sofrimento acolhe os que perecem, dá alento aos que a Ti se consagram e renova o universo e a humanidade.
Amén»
Fátima, 25 março 2020


segunda-feira, 23 de março de 2020

Folhinha interparoquial de 22 março 2020

Avisos da Paróquia:

Celebração de missas: Em consonância com as indicações do Governo e das autoridades de saúde, a Conferência Episcopal Portuguesa determina que os sacerdotes suspendam a celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a atual situação de emergência .
Cartório Paroquial: o serviço do cartório paroquial deixa de estar aberto ao público. Para tratar de qualquer assunto devem entrar em contacto telefónico (telem. 916099541) ou por mail (zonaestebraga@gmail.com).
Rezar em Casa: Durante este tempo iremos dando alguns contributos para que a nossa caminhada de quaresma possa continuar.
O Laboratório da Fé preparou uma Liturgia Familiar para este 4º domingo da Quaresma.
Com o apoio de uma proposta de oração, de um vídeo e até de atividades para os mais novos, podemos, em família, alimentar a nossa fé e criar ou manter o hábito de ler a Palavra de Deus.

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domingo, 22 de março de 2020

Eucaristia IV domingo Quaresma - Ano A - 22 março 2020

Eucaristia Presidida pelo Pde Miguel Angelo Costa, na Igreja Paroquial de Nogueiró - Braga





Eucaristia Presidida pelo Pde Nuno Folgado, Assistente Regional de Portalegre/castelo Branco




terça-feira, 17 de março de 2020

«Locais de atendimento para casos suspeitos de COVID-19» - Concelho de Braga

:: INFORMAÇÃO COVID-19 ::
«Locais de atendimento para casos suspeitos de COVID-19»
No contexto da pandemia por COVID-19, integrado no Plano de Contingência do Agrupamento de Centros de Saúde Cávado I - Braga, informa-se a população residente no Concelho de Braga de que irão entrar em funcionamento locais de atendimento para casos suspeitos de COVID-19, sendo suspenso provisoriamente o funcionamento do Serviço de Atendimento Prolongado.
Os locais de atendimento para casos suspeitos de COVID-19, designados como Áreas Dedicadas COVID-19, estão organizados da seguinte forma:
Horário de Funcionamento - A partir do dia 17 de Março, de Segunda a Domingo, entre as 08h00 e as 20h00.
Locais de Atendimento - Os locais onde decorrerão as consultas de atendimento de utentes com suspeita de COVID-19, estão organizados conforme a unidade de inscrição do utente, de acordo com a seguinte informação:
Locais da consulta COVID-19:

👉 Edifício de Infias (Rua Padre António Freire, 15 4700-004 Braga)
para os utentes inscritos nas unidades:
• USF Braga Norte
• USF Sete Fontes
• USF Ruães
• UCSP Adaúfe

👉 Edifício de Maximinos (Largo Paulo Orósio, 4700-036 Braga)
para os utentes inscritos nas unidades:
• USF Maxisaúde
• USF Manuel Rocha Peixoto
• USF Saúde Oeste
• USF Tadim
• USF São Salvador
• USF São Lourenço
• UCSP São Geraldo/Pedralva

👉 Edifício do Carandá (Rua André Soares, 25 4715-213 Braga)
para os utentes inscritos nas unidades:
• USF São João
• USF Minho
• USF Sanus Carandá
• USF Salutis
• USF + Carandá
• USF Gualtar
• USF Esporões
• USF Bracara Augusta

Os locais referidos estão devidamente identificados com a sinalética COVID-19.






Folhinha interparoquial de 15 março 2020

Avisos da Paróquia:
Celebração de missas: Em consonância com as indicações do Governo e das autoridades de saúde, a Conferência Episcopal Portuguesa determina que os sacerdotes suspendam a celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a atual situação de emergência .
Cartório Paroquial: o serviço do cartório paroquial deixa de estar aberto ao público. Para tratar de qualquer assunto devem entrar em contacto telefónico (telem. 916099541) ou por mail (zonaestebraga@gmail.com).
Rezar em Casa: Durante este tempo iremos dando alguns contributos para que a nossa caminhada de quaresma possa continuar.
O Laboratório da Fé preparou uma Liturgia Familiar para este 3º domingo da Quaresma.
Com o apoio de uma proposta de oração, de um vídeo e até de atividades para os mais novos, podemos, em família, alimentar a nossa fé e criar ou manter o hábito de ler a Palavra de Deus.

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sexta-feira, 13 de março de 2020

Junta de Freguesia de Nogueiró e Tenões - Aviso: Plano de Contingência COVID-19


Aviso:
Plano de Contingência COVID-19
Tendo em conta os recentes desenvolvimentos relacionados com a pandemia do COVID-19 e o comunicado dos Orgãos Governativos a  Junta da União de Freguesias de Nogueiró e Tenões vem por este meio comunicar que:
  • Os serviços de Apoio à Família no Jardim de Infância e na Escola EB1 de Nogueiró e Tenões ficam suspensos a partir de segunda-feira até novas ordens do governo e das autoridades de saúde.
  • Recomenda-se que as crianças, abrangidas por esta medida do governo, permaneçam em casa e sigam escrupulosamente as indicações das autoridades. Não é recomendável que se desloquem para fora do seu domicilio ou que frequentem espaços públicos.. Estando de quarentena deverão permanecer o mais possível nas suas habitações;
  • Os serviços da Junta deixam de estar abertos ao público no horário normal bem como no atendimento nocturno e passam a funcionar apenas por marcação/solicitação por telefone (253 676 783) ou por email ( geral@ufnogueiro-tenoes.pt ). Qualquer outro assunto considerado mais urgente será feito através de marcação prévia.
  • Recomenda-se a todos os cidadãos que façam apenas os contactos sociais estritamente necessários. Devem abster-se, o mais possível, de estarem juntos, de frequentar locais públicos com exceção daqueles essenciais e seguindo as regras de higienização impostas pela Direção Geral de Saúde;
  • 6- A Junta de Freguesia aconselha ainda toda a população a seguir as recomendações da Direcção-Geral da Saúde na adoção de medidas preventivas de higiene, etiqueta respiratória e práticas de segurança alimentar para reduzir a exposição e transmissão da doença:
    – Tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos e deitar o lenço de papel no lixo);
    – Lavar as mãos com água e sabão ou uma solução desinfetante à base de álcool;
    – Evitar o contacto com doentes com infeções respiratórias;
    – Evitar deslocações desnecessárias;
    – Em caso de sintomas contacte a linha de saúde 808 24 24 24.
As presentes medidas de prevenção e contenção irão sendo atualizadas em função da evolução do surto do Corona Vírus, do agravamento ou desagravamento da situação e das informações das autoridades.
Todas as recomendações ou comunicações à população serão publicadas no site oficial da União de Freguesias em  www.ufnogueiro-tenoes.pt
Como as declarações do Primeiro-Ministro de Portugal “esta é hoje uma luta pela nossa sobrevivência em que precisamos de todas as pessoas e do empenho de todos os cidadãos contra uma ameaça que não ainda compreendemos totalmente”.
Juntos vamos conseguir!



Os Princípios Fundamentais do Escutismo versus a Pandemia da Covid-19

Os Princípios Fundamentais do Escutismo Versus a Pandemia da Covid-19

por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 13 de março 2020 no jornal diário "Correio do Minho"


A Constituição Mundial do Escutismo consagra três Princípios Fundamentais do Escutismo:
·      O dever para consigo próprio - o dever de cada um de desenvolver a sua própria autonomia e assumir a responsabilidade por si próprio;
·      O dever para com os outros - o dever de cada um de reconhecer e respeitar os outros e o mundo sabendo que deve viver em interação constante com eles e contribuir ativamente para o seu bem;
·      O dever para com Deus - o dever de cada um de buscar um significado maior para a Vida e de fazer seus, no dia-a-dia, os valores espirituais nele contidos.
Estes princípios fundamentais são uma espécie de ADN do escutismo mundial e neles se expressa a trípla dimensão do escuteiro independentemente do seu lugar de origem, raça, género ou crença religiosa.
Neste momento (quarta-feira) em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) qualificou a Covid-19 como uma pandemia e sendo certo que, mais dia, menos dia, Portugal deverá entrar na última fase de resposta, a chamada fase de mitigação, “caraterizada pela transmissão local em ambiente fechado e transmissão comunitária”. O Corpo Nacional de Escutas, em sintonia com os dois primeiros princípios fundamentais, supramencionados, e com as orientações da Direção Geral da Saúde, mas também em articulação com as diversas estruturas do movimento (nacional, regionais e de núcleo) e ainda com a Conferência Episcopal Portuguesa e com o Bispo diocesano, foi construído o seu plano de ação para o combate à Covid-19.
A Junta Regional de Braga, neste contexto, emitiu uma orientação para toda a Região (território correspndente ao da Arquidiocese de Braga) a aplicar em todas as estruturas: 10 Centros Escutistas, 9 Núcleos e 237 Agrupamentos. Envolvendo um efetivo de 13.611 escuteiros, assim distribuidos: 2.718 Lobitos, 3.370 Exploradores, 2.817 Pioneiros, 1.763 Caminheiros e 2.945 Dirigentes.
Na sua mensagem, divulgada, via email, a todas as estruturas, o Chefe Regional de Braga anunciava:
·         A suspensão, até 3 de abril próximo, de todas as atividades, ações de formação e demais encontros e reuniões de caráter regional;
·         A extensão destas medidas aos níveis de Núcleo e de Agrupamento;
·         As ações ora suspensas poderão vir a ser reagendadas, depois de passada a crise;
·         As recomendações da Conferência Episcopal Portuguesa deverão ser consideradas em todas as Celebrações Litúrgicas;
·         A duração destas medidas anunciadas serão acompanhadas sendo revistas em função do desenvolvimento da ecolução da pandemia e das orientações emanadas das autoridades competentes;
·         O Escutismo Católico Português suspendeu todas as suas atividades presenciais, mas “não foi de férias”, devendo este tempo ser aproveitado para um maior recato social, sendo esta a forma de Servir os outros e as nossas comunidades;
·         Estes momentos de recato social permitirão aos dirigentes um tempo de avaliação e de planeamento na sua ação e aos elementos momentos de leitura e de aprefeiçoamentos dos instrumentos de informação e comunicação digitais.

Finalmente, usando as palavras do Chefe Regional: «no CNE, como movimento de educação (não formal) pelo exemplo, apelamos, que todos procedam mediante os valores que nos caracterizam, sempre à luz da Lei e Princípios. O nosso resguardo é a proteção das nossas crianças e jovens, das suas famílias e de toda a nossa comunidade. O espírito escutista deve prevalecer sempre.»

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quinta-feira, 12 de março de 2020

"Lutar de forma original contra o coronavírus" D. Jorge Ortiga

Lutar de forma original contra o coronavírus

Nota Pastoral de D. Jorge Ortiga.




Basta abrirmos as páginas dos Evangelhos para podermos contemplar Jesus de Nazaré que, movido pelo amor misericordioso e pela paixão libertadora, cura e arranca tantas pessoas do poder destruidor do mal. Deste modo, Jesus torna palpável a proximidade misericordiosa de Deus.

É com Aquele de quem somos discípulos que queremos aprender a ser solícitos para com os doentes (cf. v.g. Mt 9,12) e a tomar medidas proativas na pastoral da saúde. Tal como Jesus, que luta contra as doenças de forma original, ao cuidarmos da saúde pública, passamos a fazer o bem. E, segundo a nossa longa tradição, tudo faremos, na medida das capacidades e da solidariedade possível, segundo a evolução das ciências médicas e a prática da medicina, quer pela prevenção das doenças, quer pela cura dos enfermos e, bem assim, apoiar quem deles cuida. A qualidade de uma comunidade afere-se por este cuidado.

Sempre rumo à Páscoa

O dom da vida tem um valor inviolável. Temos o dever de a proteger, a nossa e a dos outros. É pecado grave atentar contra ela e, por isso, em momentos de epidemia, compete ao cristão sacrificar tudo para a defender. A festa da Páscoa, vitória da vida sobre a morte, é oportunidade para interiorizarmos os compromissos que daqui advêm.

1. Conhecedores da situação atual e interessados na contenção do coronavírus, cabe-nos lutar arduamente contra todas as fontes possíveis de contágio. Não obstante as contingências, que não nos dispensam de viver a Quaresma, preparamo-nos para a celebração da Páscoa. É a nossa festa maior: «o centro de todo o ano litúrgico» (MR, p.1382). Jesus pediu que a celebrássemos em Sua memória. Aliás, «a Igreja sempre entendeu que esta ordem lhe dizia respeito e, por isso, foi estabelecendo normas para a celebração da santíssima Eucaristia, no que se refere às disposições da alma, aos lugares, aos ritos e aos textos» (IGMR, 1).

Orientações da OMS e DGS

2. Porque o bispo da Diocese tem, entre outros serviços, a moderação da vida litúrgica e a promoção da atividade apostólica nas suas comunidades, peço a todos e, nomeadamente, aos responsáveis destas – padres, religiosos e leigos – que observem, seriamente e com solicitude ética, as indicações aqui assinaladas, bem como outras amplamente divulgadas, quer pela Organização Mundial de Saúde (OMS), quer pela Direção-Geral da Saúde (DGS). A evolução da situação poderá determinar medidas excecionais. Se necessárias, disponhamo-nos a adotá-las, de forma a evitar o contágio nas reuniões do povo de Deus, inclusive nas assembleias litúrgicas.

Atenção aos idosos e crianças

3. Os grupos de maior risco – crianças e idosos – merecem uma atenção redobrada. Neste sentido, peço que se observem todas as recomendações do Ministério da Saúde relativas aos Centros de Dia e Lares de Idosos. As visitas devem ser evitadas, ou mesmo restritas, assim como um cuidado atento aos processos de higienização pessoal e desinfeção dos espaços. Ao mesmo tempo, acompanhe-se de perto as recomendações e decisões do Estado relativas às escolas e colégios. Sobretudo nas áreas mais afetadas, e nas quais se determina o encerramento dos estabelecimentos de ensino, é obrigatória a suspensão da catequese e atividades dos grupos de jovens.

Algumas orientações pastorais

4. A fim de concretizar esta luta contra a propagação do coronavírus, no que diz respeito mais diretamente à vida litúrgica, peço:

a) Apliquem-se as indicações já fornecidas pela Conferência Episcopal Portuguesa (02.03.2020): “Como em situações semelhantes (…) recomendamos algumas medidas de prudência nas celebrações e espaços litúrgicos, como, por exemplo, a comunhão na mão, a comunhão por intinção dos sacerdotes concelebrantes, a omissão do gesto da paz e o não uso da água nas pias de água benta”;

b) Durante as celebrações do Tríduo Pascal, procure-se evitar todo o tipo de contacto que possa servir de transmissão: a veneração da cruz na celebração da Paixão do Senhor, por exemplo, far-se-á com a inclinação profunda, ou com a genuflexão. Além disso, tal momento pode ser acompanhado com cânticos ou com a leitura de textos apropriados.

c) Na Vigília Pascal e no Domingo de Páscoa, não deve apresentar-se, como é costume, a cruz com o Ressuscitado, para o beijo ou saudação com o toque da mão.

d) No Domingo de Páscoa, na segunda-feira de Páscoa ou no Domingo de Pascoela, o “Compasso” ou “Visita Pascal”, mesmo tendo presente a enraizada tradição das comunidades da nossa região, não se irá realizar.

Cada família, no aconchego do seu lar, deve encontrar modos festivos de celebrar este dia especial. A família, como “Igreja doméstica”, saberá viver este momento como verdadeiro encontro com o Ressuscitado. A Páscoa, sem desconsiderar a vertente comunitária, teve sempre um cunho familiar inconfundível. Pedimos, por isso, aos párocos que preparem subsídios pastorais que ajudem as famílias a viverem a Páscoa nesta situação excecional.

e) No momento presente, não nos parece conveniente pensar na suspensão das eucaristias dominicais. Sendo necessário, não deixaremos de o fazer. Em última circunstância, pode recorrer-se às novas tecnologias, tal como acompanhar a eucaristia através da televisão, internet ou da rádio.

f) Aos párocos solicitamos e aconselhamos que, com o Conselho Pastoral, decidam se as habituais confissões em tempo quaresmal não deverão acontecer antes em tempo posterior, após este surto epidémico ser superado. Ciente que “a confissão individual e íntegra e a absolvição constituem o único modo ordinário pelo qual o fiel, consciente de pecado grave, se reconcilia com Deus e com a Igreja” (CDC, can. 960), não posso deixar de exercer também aqui a minha missão de Pastor no exercício daquelas funções que me são atribuídas pelo Código de Direito Canónico (can. 961, §2), em particular, naquela competência de avaliar a “necessidade grave” que justifique a absolvição geral sem confissão individual dos pecados, sem prejuízo de quanto se refere na Instrução Pastoral, o Ministério da Reconciliação, da Conferência Episcopal de 2001.

Aqueles sacerdotes que optarem por este modo de celebração, conforme as recomendações do Ritual, sintam-se comprometidos em esclarecer os fiéis acerca de alguns requisitos essenciais para a celebração do sacramento nesta fórmula C, particularmente, que os penitentes se “arrependam dos pecados cometidos” e façam o “propósito de não mais pecar”, que se proponham “reparar os escândalos” e danos que, porventura, tiverem causado e confessem, “em devido tempo, cada um dos pecados graves que não podem confessar agora” (Cf. Ritual da Celebração da Penitência, 60). Reafirmamos que há o dever da confissão, por ocasião da Páscoa, e que esta confissão deve ser individual, a não ser que circunstâncias excecionais justifiquem o recurso às chamadas “absolvições coletivas”, tendo sempre presente as recomendações da DGS.

Encontramo-nos numa situação extraordinária e, nesse sentido, tenho a missão de providenciar que tanto os presbíteros como os fiéis procedam corretamente para evitar qualquer hipótese de contágio (Cf. Nota pastoral O Sacramento da Reconciliação na Vida da Igreja (2008). Neste sentido, aconselhamos os sacerdotes a evitarem as confissões, enquanto esta situação de epidemia se mantiver, elucidando os fiéis sobre a excecionalidade deste tempo e as medidas adotadas.

Tudo o que escrevemos neste momento está sujeito a ser ajustado em função da evolução da propagação do coronavírus. Sem alarmes infundados, mas com esforço redobrado, tudo faremos para que se reduza o impacto deste problema de saúde pública. Estamos persuadidos de que, com estas e outras eventuais medidas, o conseguiremos mais facilmente. Apelo à sensibilidade e sentido de corresponsabilidade, juntando o esforço pessoal e comunitário ao trabalho das instituições públicas e eclesiais, ou outras.

A todo este empenho juntemos a oração. Rezemos ao Senhor, que, por mediação da Sua e nossa Mãe, se compadeceu de todos os frágeis e doentes, para que dê alívio e cure todos os infetados, anime os que deles cuidam, ajude os investigadores a encontrar os meios de cura, e a todos nos dê saúde e sensibilidade para o cuidado compassivo dos enfermos e para evitar que a doença se espalhe.


Oração

Senhor Jesus, Salvador do mundo,
esperança que não conhece a desilusão,
tem piedade de nós e livra-nos do mal!
A Ti imploramos a vitória
sobre o flagelo deste vírus que se está a difundir,
a cura dos doentes,
a proteção dos que estão sãos,
o auxílio para quem presta cuidados de saúde.
Mostra-nos o Teu Rosto de Misericórdia
e salva-nos com o Teu grande amor.
Tudo isto te pedimos por intercessão de Maria,
Tua e nossa Mãe, que fielmente nos acompanha!
Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amen!

(† Bruno Forte)


Braga, 12 de março de 2020

† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz