Um Início Desafiante para o Novo Ano Escutista
artigo publicado a 11 de setembro 2020 no jornal diário "Correio do Minho"
O Corpo Nacional de Escutas inicia este
mês de setembro o seu ano escutista, coincidente, mais coisa menos coisa, com o
ano escolar. Na região de Braga, área territorial correspondente à arquidiocese
de Braga, este início vai ser marcado pela eleição dos órgãos regionais, a
junta regional de Braga (JRB) e o conselho fiscal e jurisdicional de Braga
(CFJRB), para o próximo triénio – 2020/2023. Assim, dia 12 de setembro,
entre as 10,00 e as 16,00 horas, 3.824 eleitores (sendo 1.360 jovens
caminheiros, dos 18 aos 22 anos, e 2.464dirigentes) serão chamados a elegerem,
ou não, estes órgãos regionais.
Também em quatro dos nove núcleos da
região serão escrutinadas as respetivas juntas de núcleo (assim se designam os
órgãos executivos dos núcleos):
·
Núcleo
de Guimarães – que inclui os concelhos de Guimarães e de Vizela;
·
Núcleo
do Cego do Maio – que inclui os concelhos da Póvoa de Varzim, Esposende e parte
do de Vila do Conde;
·
Núcleo
de Vieira do Minho – que inclui os concelhos de Vieira do Minho e parte do de
Terras de Bouro;
·
Núcleo
de Braga inclui os concelhos de Braga, Amares e parte do de Terras de Bouro.
Desta forma, este fim de semana, cerca
de 50% das estruturas intermédias da região de Braga sofrerão esta escolha
democrática, tão fundamental para garantir a evolução permanente do movimento,
para reagir às novas aspirações e anseios das crianças e jovens do próximo
triénio. É a oportunidade para a renovação sempre necessária, mas sem
complexos, para a construção de novas abordagens e perspetivas, não perdendo o
enfoque no essencial: os lobitos, os exploradores, os pioneiros e os caminheiros
- eles são a razão de ser do escutismo!
Aos novos candidatos e aos que vão
repetir o mandato, desejamos as maiores felicidades no desempenho das missões
que se propõem abraçar, na certeza de que eles já são credores do nosso
reconhecimento e, certamente no final do triénio, o CNE terá ainda mais razões
para lhes agradecer os resultados obtidos.
Aos dirigentes que terminam estes seus
trabalhos, eles partem com a convicção do dever cumprido, de terem, com a sua
ação, contribuído para a construção de um mundo melhor, pelo que lhes é merecido
o justo agradecimento pelos serviços prestados ao escutismo, ao país e à igreja.
Sim, porque ajudar crianças e jovens a crescerem em idade, sabedoria e graça, é
permitir que sejam verdadeiros agentes cidadania, solidariamente ativo e agindo
à luz da fé que professam.
Aos eleitores – caminheiros e dirigentes
– é pedido que façam escolhas sérias e conscientes, que se assumam como
verdadeiros exemplos de cidadania e não abdiquem do exercício de votar, pois,
no escutismo eles são, cada um à sua maneira, exemplos vivos para os mais novos,
e todos sabemos a importância que o “exemplo” tem na educação, em geral, e no
escutismo, em particular.
A Junta Regional e o Conselho Fiscal e
Jurisdicional Regional, tomarão posse no próximo dia 27 de setembro, na Póvoa
de Lanhoso, durante uma das atividades mais marcantes da região de Braga: a Abertura Regional do Ano Escutista.
Lá, nas terras da lendária Maria da
Fonte, esperam-se tempos de reação e de mudança. De reação à pandemia que nos
oprime os movimentos e a ação, mas também a liberdade do “fazer” e do “ser”, e,
tal como este mito vivo da nossa História, mudança porque estas terras também
tiveram um papel importante na criação de Portugal, queremos comprometemo-nos
numa mudança consciente de luta sem tréguas, mas sem desguarnecer as defesas de
cada um e de todos os outros. Claro que também nós sabemos que uma “guerra” não
se ganha pelo número dos combatentes que tombam em combate, mas pelo número de
soldados que se conservam vivos.
Votos para que sejam soldados de paz e que
vivam para que os outros também possam viver cada vez melhor.
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