segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

A Pretexto do Congresso do Centenário

A Pretexto do Congresso do Centenário"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 2 de fevereiro 2024 no jornal diário "Correio do Minho"

No passado fim de semana (28 e 28 de janeiro de 2024) realizou-se, na cidade de Coimbra, o Congresso que marcou o final das comemorações do Centenário do Corpo Nacional de Escutas.
Sob este pretexto, quero recordar que, desde o seu início, o CNE teve preocupações com a qualidade do seu crescimento e desenvolvimento:
a) No dia 1 de março de 1925, foi inaugurado o Campo-Escola "S. Tomás de Aquino" (curso para a formação de dirigentes), no Porto e, no dia 25 do mesmo mês, é aprovado o “Regulamento das Escolas Regionais de Instrutores”.
b) Nos dias 27 e 28 de dezembro de 1927, ocorre Primeiro Congresso de Assistentes em Braga, sendo as conclusões publicadas em atos oficiais de 31 de janeiro de 1928.
c) Nos dias 24 e 25 de maio de 1928 realizou-se o Congresso Técnico, na cidade de Braga, tendo também sido publicadas a respetivas conclusões.
d) Nos dias 4 a 6 de abril de 1929, depois deste conjunto de encontros setoriais e, no sexto ano de vida do jovem Movimento, realizou-se o Primeiro Congresso Geral de Dirigentes do C.N.E., na cidade de Coimbra, com preocupações relacionadas com o seu crescimento harmonioso e sustentado. Na sua última sessão foram discutidas e aprovadas as suas conclusões.

No pós 25 de Abril, um tempo em que se sentia a necessidade urgente de se tomarem decisões rápidas e significativas, no início de outubro realiza-se o 3º Encontro Nacional de Dirigentes “para apresentar e divulgar inovações a introduzir (facultativamente) nos métodos das secções, na linha da Pedagogia do Projeto, que ficarão conhecidas como Novas Metodologias” (in site do CNE). Este encontro foi vital para a estabilidade do Corpo Nacional de Escutas.
Já ano de 1986, de 29 de Novembro a 1 de Dezembro, realizou-se Congresso do Escutismo Católico Português, "Que Escutismo para o ano 2000?", mas mais conhecido por "CNE 2000". Este congresso, realizado na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, contou com a intervenção do Dr. José Hermano Saraiva, na conferência de abertura e muitos outros: Dr. Seabra Lopes (informática), Pe. Prof. Mário Lopes (problema demográfico), Eng. Bruto da Costa (esgotamento dos recursos naturais), Comandante Virgílio de Carvalho (dicotomias Norte-Sul e Este-Oeste), Dr. Francisco Pinto Balsemão (comunicação social), Dr. Luís Archer e Dr. Meneres Pimentel (biotecnologia), Eng. Eurico da Fonseca (exploração do espaço), Eng. Carlos Pimenta (desequilíbrios ecológicos), Dr. Nuno Ribeiro da Silva (energia) e Prof. Fernando Micael Pereira (novas formas de organização). Para além destes belíssimos oradores, foram ainda apresentadas e publicadas uma trin-tena de comunicações de dirigentes do CNE.

Finalmente recordar o Congresso “Escutismo: Educar para a vida no século XXI”, realizado a 9 e 10 de novembro de 2013, no Centro de Congressos de Lisboa. O professor Marcelo Rebelo de Sousa proferiu a conferência de abertura subordinada ao tema identificador do congresso “Escutismo: Educar para a vida no século XXI”.
O primeiro painel: “o papel Escutismo na Igreja” a intervenção inicial foi proferida por sua Exª Revma., o senhor D. Joaquim Mendes, Vice-Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família. E ainda duas outras, pelo Prof. Doutor João Duque, da UCP – Braga, “A Igreja e os sinais dos tempos. Qual a nossa missão como leigos?” e do Frei Albertino Rodrigues, da Ordem dos Frades Menores – Lisboa, “A lei do escuteiro e a lei de Deus. Desafios ou pistas na educação e testemunho cristão?”.

O segundo painel: “o papel Escutismo na Educação”, tendo o Prof. Doutor Manuel Joaquim Azevedo, Diretor do Centro de Estudos em Desenvolvimento Humano, da UCP – Porto, proferido a intervenção inicial. Seguindo-se o Prof. Doutor Marcelino Sousa Lopes, da UTAD: “A Educação e a Educação não formal. Desafio, utopia ou compromisso?” O Prof. Doutor José Augusto Palhares, da UM: “O escutismo como educação não formal. Que sentidos à participação num percurso com 90 anos?” e a Dra. Maria Helena Guerra, na qualidade de Chefe Regional de Évora, sobre “O agrupamento, comunidade educativa local. Cen-tralidade ou periferia na metodologia escutista?”.
O terceiro painel: “o papel Escutismo na Sociedade”, tendo o Doutor Rui Marques, Presidente da Direção do Instituto Padre António Vieira – Lisboa, proferido a intervenção inicial, sendo que a Profª. Doutora Susana Fonseca Carvalhosa, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e Chefe do Agrupamento nº 73, Carnide – Lisboa abordou o tema: “A sociedade do século XXI. Que diálogos e que interações na e para a formação de jovens?” e o Engenheiro João Paulo Feijó, Consultor em Qualidade, Capital Humano e Gestão da Mudança e antigo Vice-Presidente do Comité Europeu da Organização Mundial do Escutismo (1987-1995) versou o tema: “O Escutismo Católico Português. Da realidade a uma visão (de e) com futuro.”

Em próxima crónica voltaremos a este recente e importante Congresso do CNE.



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