quinta-feira, 21 de setembro de 2023

O Final do Ano Escutista na Região de Braga

“O Final do Ano Escutista na Região de Braga"

por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 15 de setembro 2023 no jornal diário "Correio do Minho"


Para a Região de Braga o Ano Escutista foi fortemente marcado pelas comemorações do Centenário do Corpo Nacional de Escutas, quer pelas atividades realizadas a nível nacional, com um destaque para a grande jornada realizada na cidade fundadora, nos dias 27 e 28 de maio passado, onde se reuniram 23 mil escuteiros de todas as faixas etárias e, nem a chuva, que quis marcar presença durante a Celebração Eucarística, presidida pelo Arcebispo Primaz, o Senhor Dom José Cordeiro, e durante a festa final conseguiu desmobilizar os escuteiros que nelas participaram.

Para eternizar este aniversário o escultor Paulo Neves concebeu e materializou uma obre em pedra, que o Escutismo Católico Português ofereceu à Câmara Municipal de Braga e à Cidade, para que a relação frutuosa colaboração entre o Escutismo e as populações seja eternizada por este monumento em pedra, instalado na comunidade que o viu nascer.
Camões descreve-nos como os deuses, no olimpo, decidiram “apadrinhar” o empreendimento dos portugueses, nas descobertas marítimas, para darem novos mundos ao mundo, se eu tivesse o engenho e a arte deste grande poeta, diria com grande eloquência que, o adiamento da JMJ para 2023, determinado pela pandemia de má memória, fora obra dos deuses reunidos no olimpo para que esta ação se realizasse no ano do Centenário do CNE.
A verdade é que a Jornada Mundial de Juventude mobilizou milhares de jovens e adultos que participaram em inúmeras atividades proporcionadas pela comissão organizadora. A comunicação social noticiou que, no momento mais marcante desta jornada, teriam participado cerca de um milhão e meio de peregrinos.

Outros milhares de escuteiros portugueses, jovens e adultos, do Corpo Nacional de Escutas, da Associação dos Escuteiros de Portugal, da Associação das Guias de Portugal e dos Escuteiros da Europa (embora estes últimos ainda não tenham sido reconhecidos pela Organização Mundial do Escutismo), também eles membros desse mar de jovens e adultos designados como “os voluntários da JMJ”, garantiam, dia e noite, tudo estivesse operacional no momento certo.
Para nós CNE a Jornada Mundial da Juventude foi uma espécie de cereja no topo do bolo. Foi o culminar de uma preparação para a vivência, local, regional e nacional de uma jornada única e, para esta geração, irrepetível que marcará, de forma indelével, a vida de cada um dos que tiveram a oportunidade de viver a festa e/ou qualquer serviço de suporte. Foi também um marco nos planos anuais de atividades de Agrupamento, de Núcleo, de Região ou Nacional que neste mês de setembro encerramos. Penso dizer com propriedade que encerramos este ano escutista singular com “chave de ouro”.

Para este final do ano escutista (iniciado a 1 de outubro de 2022 e que terminará no dia 30 deste mês de setembro), na Região de Braga, estavam convocados, que tenha conhecimento, três atos eleitorais a realizar por sufrágio eleitoral universal, secreto e direto:
• Dois a nível de Núcleo (Braga e Guimarães), para a eleição das respetivas Juntas de Núcleo, mas que foram cancelados, nos termos estatutários e regulamentares, porque, no final do tempo destinado à apresentação de candidaturas, não haver nenhuma lista candidata. Tendo sido aberto novos processos eleitorais.
• Um de nível regional – para a eleição da Junta Regional de Braga e do Conselho Fiscal e Jurisdicional Regional de Braga.
Os órgãos executivo e fiscalizador da Região de Braga serão votados no próximo domingo, dia 17 de setembro, estando as urnas abertas entre as 10,00 e as 16,00 horas, podendo a votação também ser feita por correspondência, nos termos do regulamento eleitoral do CNE.
Espero que as listas candidatas a cada um dos órgãos regional, encabeçadas pelas duas líderes em funções, tenham uma votação significativa, vote o eleitor “sim” ou “não”, pois essa é a forma correta de mostrar respeito por aqueles que se disponibilizaram para servir a Região.

Relativamente aos Núcleos de Braga e de Guimarães, desejo que todos os seus dirigentes estejam à altura daqueles que agora findam os respetivos mandatos, como estes estiveram no passado. Que sintam o chamamento para servirem e não para serem servidos. Num intervalo de cem anos de história coletiva é bom sentir que há (ou haverá) novos interpretes para continuarem a escrever a história do Escutismo Católico, destes dois núcleos, sendo protagonistas de aperfeiçoamento da nossa ação coletiva de dedicação e serviço ao País, à Igreja, às Famílias e às crianças e jovens.


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