O Escutismo prepara-se para a nova realidade
artigo publicado a 19 de junho 2020 no jornal diário "Correio do Minho"
O dia de hoje, 19 de junho de 2020,
ficará como o dia em que o Corpo Nacional de Escutas permitiu que em todo o
Escutismo Católico se retomassem as atividades presenciais. Claro que este dia
foi precedido de um vasto conjunto de vídeo reuniões aos mais diversos níveis e
com os mais diversos intervenientes. A última reunião com os chefes de
Agrupamento foi dividida em 4 sessões envolvendo as seguintes regiões
(dioceses), para que dada uma delas tivesse um número aproximado de agrupamentos,
os responsáveis pelas regiões e núcleos também estiveram presentes:
1)
Viana
do Castelo, Porto, Aveiro, Coimbra e Bragança-Miranda – 265 agr;
2)
Braga
e Vila Real – 259 agr;
3)
Suíça,
Açores, Guarda, Lamego, Leiria, Madeira, Portalegre e Castelo Branco, Santarém,
Viseu e Macau – 245 agr;
4)
Algarve,
Beja, Évora e Setúbal – 250 agr.
Antes disto, a equipa nacional foi
elaborando e distribuindo sete documentos preliminares que, por sua vez, foram
trabalhados nos 1.019 agrupamentos, a saber:
1)
Direção
de agrupamento – onde se
elenca um conjunto de 12 ações/tarefas a desenvolver e um conjunto de 4
momentos marcantes na vida dos agrupamentos, permitindo fazer um diagnóstico da
situação e traçar uma linha de ação sustentada na realidade da comunidade onde
está inserido, por forma a garantir uma caminhada segura, podendo ter ritmos
diferentes para cada uma das quatro Seções.
2)
Equipa
de animação – visando a
preparação atempada do regresso dos elementos a um momento presencial,
definindo os procedimentos necessários, com base nas orientações tanto das
autoridades competentes como da Conferência Episcopal Portuguesa.
3)
Conselho
de pais – os pais são os
primeiros e os últimos responsáveis pela educação dos seus filhos, por isso
temos de ter uma articulação profunda e consistente com eles, para que se
reestabeleçam laços de confiança.
4)
Sedes
e outros espaços interiores
– definir a capacidade limite para cada um dos espaços, com base no “recomendado
quadrado” de 4m2 por elemento. Estabelecer itinerários e regras de
higienização, de acordo com as orientações da DGS (016/2020). Criar normas
sanitárias e de utilização, reinventar a sinalética e o material de proteção
individual. Finalmente, criar um plano de contingência, seguindo as
recomendações das autoridades sanitárias.
5)
Conselho
de guias – no escutismo
o “Conselho de guias” é o governo da Secção (I, II, III ou IV), é lá que se
tomam todas as grandes decisões relativamente ao conjunto da Unidade (recordar
que o dirigente da Seção não tem direito a voto neste conselho), por isso, os
Guias são os elementos fundamentais na implementação e dinamização de qualquer
projeto e, por razões obvias, neste em particular.
6)
A
Vida da Patrulha ou Unidade
– As atividades presenciais só deverão realizar-se após o primeiro conselho de
guias e, preferencialmente, em espaços abertos, respeitando sempre as
orientações plasmadas na publicação da DGS: “Medidas Gerais de Prevenção e
Controlo da COVID-19 – Saúde e Atividades Diárias – 14 de maio 2020 – Volume 1”,
in https://www.dgae.mec.pt/?wpfb_dl=45533.
7)
Atividades
de Patrulha ou Unidade
– onde se apresentam um conjunto de atividades destinadas a 10 pessoas,
respeitando as regras definidas pela DGS, versando: reuniões semanais;
atividades de 1 dia, sem dormida; acampamento com noite(s) de campo (nesta
altura, estes ainda estão vedados às Alcateias), proporcionar uma tenda por
elemento e garantir que o programa da campo privilegie o pequeno grupo (a
Patrulha) em detrimento do grande grupo (a Unidade), mantendo presente as
normas do “Escutismo: Movimento Seguro).
Para as
Unidades de Escutismo Marítimo ou do Ar, há um conjunto de orientações específicas,
em função das caraterísticas peculiares das suas atividades.
Finalmente, mas não menos importante, é
a decisão do desconfinamento bem como o grau da sua extensão, ao nível local, ficam,
exclusivamente, nas mãos de cada Agrupamento, para que cada um deles possa
optar, em sintonia com a sua envolvente social e sanitária, em função dos
recursos humanos e logísticos disponíveis e ainda no respeito pela vontade dos
pais das crianças e jovens que lhes estão confiados.
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