quarta-feira, 12 de junho de 2019

Uma vez combatente .... pelos olhos da Rita ;-)






Uma vez combatente... pelos olhos da Rita






No passado dia 10 de Junho tive a oportunidade de assistir a um espetáculo de teatro/musical (original) da Cooperativa de Ensino Artístico CEA, em parceria com a Liga dos Combatentes e a Câmara Municipal de Braga, com o intuito de comemorar os 100 anos do fim da Primeira Grande Guerra e fazer uma homenagem aos combatentes.


O espetáculo, da autoria de Sónia Sousa e direção musical de Joel Freitas, foi conduzido de forma a contar-nos um pouco da história da Primeira Grande Guerra, cujo tema teria de ser estudado por alunos de uma companhia de teatro. Ao longo dessa busca de informação são abordadas diversas personagens como o avô de uma das alunas que esteve na guerra e não gosta de falar nesse assunto, um outro senhor que está profundamente abalado pelos traumas que o combate deixou, uma mãe que, remontando ao início do século XX, vê seu filho partir para a guerra, evidenciando o sofrimento que também as mulheres e filhos sentiram, entre outras. 

Todas as músicas que foram cantadas pelos atores ao longo do espetáculo e a capacidade de representação evidenciada em alguns discursos mais sentidos, arrepiaram quem na plateia os ouvia e a sua mensagem chegou facilmente ao coração de cada um de nós. Nesta obra de arte, a produção quis homenagear não só os combatentes que não conseguiram regressar da guerra, mas também os sobreviventes, e incentivou estes a não terem medo de contar as suas vivências às gerações mais novas, as quais atualmente se encontram demasiado “protegidas”, de forma a que os atos heroicos dos guerreiros não sejam esquecidos e para incentivar à coragem e bravura dos jovens, bem como para promover a defesa dos valores morais e históricos de Portugal.

Saí do Espaço Vita mais rica em conhecimento da história de Portugal e sem dúvida mais consciente e sensível às vivências dos combatentes não só da Primeira Grande Guerra mas também das que se seguiram. Além do orgulho que sinto pelo povo português, sinto ainda mais orgulho em quem promove espetáculos desta natureza. O meu maior desejo é que a guerra chegue ao fim em todo o mundo, que os mais jovens não percam a garra de viver e tornem o mundo melhor, e que os mais velhos não se esqueçam que “Uma vez combatente, para sempre Combatente"



Rita Fernandes

Caminheira