segunda-feira, 19 de maio de 2014

Faleceu D. Eurico Dias Nogueira, Arcebispo Emérito de Braga

Faleceu hoje D. Eurico Dias Nogueira, arcebispo primaz e Braga entre 1977 e 1999.

O funeral de D. Eurico Dias Nogueira vai realizar-se na quarta-feira 21 maio 2014, às 10h30.

O corpo de D. Eurico Dias Nogueira estará a partir desta terça-feira na Sé de Braga, onde às 10h00 serão rezadas Laudes e às 17h30 vai ser celebrada uma missa presidida pelo atual arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga.

D. Eurico Dias Nogueira nasceu em Dornelas do Zêzere, Diocese de Coimbra, na qual foi ordenado padre e bispo, após ter sido nomeado para a diocese moçambicana de Vila Cabral, em 1964, o que lhe permitiu participar no Concílio Vaticano II.

Oito anos depois, D. Eurico Dias Nogueira seria transferido para a Diocese de Sá da Bandeira, em Angola, voltando a Portugal em 1977, sendo nomeado arcebispo primaz de Braga, cargo que ocupou até 1999.

Numa entrevista à Agência ECCLESIA, D. Eurico Dias Nogueira recorda com emoção os seus anos em África, admitindo que “criticava algumas posições do governo” e que, então, “não dizer bem do governo era, automaticamente, «ser comunista»”.

“Era um exagero. São histórias sem fundamento…”, sublinha.

No dia em que celebrou o 89º aniversário, D. Jorge Ortiga presidiu a uma celebração na Sé de Braga onde referiu o curriculum de D. Eurico Dias Nogueira só leva a “aprender a fazer o bem”

“Olhando para o seu curriculum, realmente só conseguimos aprender a fazer o bem”, disse D. Jorge Ortiga, antes de dizer “parabéns e obrigado” ao prelado.

A respeito da passagem do seu predecessor por terras africanas, D. Jorge Ortiga sublinhou que “o inédito e os perigos duma sociedade civil agitada não o impediram de servir um povo que necessitava da ternura de Deus, para além da cor ou religião”.

“O seu testemunho recorda-nos que a dimensão missionária, não se cinge ao Ultramar, mas também se pode ser missionário na Europa. Trata-se de uma premissa a valorizar no agora panorama da nova-evangelização”, acrescentou.

O diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja, cónego João Aguiar Campos, destacou no editorial da Agência ECCLESIA publicado por ocasião do seu 89º aniversário que o modo como D. Eurico Nogueira Dias tem vivido “após deixar o paço e o governo ativo da arquidiocese” de Braga.

“O senhor D. Eurico entregou-se, generosa e discretamente, às tarefas que lhe foram solicitadas na vida diocesana, com a humildade de quem põe à disposição de outrem as suas muitas competências. Com uma serenidade exemplar e uma modelar silêncio. Sem comentários, juízos ou comparações, provocados ou consentidos”, escreve.

noticia agencia Ecclesia

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Quem já esteve activamente no escutismo sabe bem que essa experiência perdura muitos anos e acompanha-nos ao longo de toda a vida. Para o ilustrar o CNE convidou, nas comemorações dos 75 anos do CNE, vários antigos escuteiros, hoje individualidades da sociedade portuguesa, a responderem-nos a algumas perguntas relativas à sua experiência no Escutismo.

o testemunho de:
D. Eurico Nogueira, Arcebispo Emérito de Braga

1. Porque é que foi Escuteiro?
D. Eurico: Fui Escuteiro porque participei numa "discussão" em Lisboa, onde elogiaram muito o Escutismo, sobretudo o seu carácter voluntário e espontâneo. Desde ai fiquei com um grande respeito e admiração por este movimento, e por isso aderi ao Escutismo. Em boa hora, porque fiquei ligado ao Escutismo para sempre.

2. O que é que o Escutismo trouxe à sua vida?
D. Eurico: O que o Escutismo trouxe à minha vida foi uma ajuda na minha formação humanista e na consolidação da vocação.

3. Do que se recorda mais da sua vivência no Escutismo?
D. Eurico: Da minha experiência no Escutismo recordo-me da vivência dos acampamentos e o contacto com os Escuteiros Italianos na época do pós-guerra.

4. Qual a mensagem que gostaria de deixar aos Escuteiros de hoje?
D. Eurico: A mensagem que gostaria de deixar aos Escuteiros de hoje, é para que sejam fieis às tradições, e que o CNE continue a ser uma escola de juventude.

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