segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Freguesia de Nogueiró, no desfile Etnográfico - 30/09/12

A Freguesia de Nogueiró, esteve presente, ontem dia 30 setembro 2012, no desfile etnográfico das Freguesias do Concelho de Braga.
Nogueiró decidiu mostrar um pouco da sua história, assim levou para o cortejo:

O Castro da Consolação em Nogueiró

O Castro da Consolação, na freguesia de Nogueiró, habitado desde a Pré-história, teria ,segundo alguns estudiosos, uma importância superior ao Castro de Briteiros. Desenvolvia-se ao longo da encosta sobranceira ao rio Este (Liste) e a Braga.. A sua situação estratégica sobre o vale do Este, fez com que fosse predominante entre os seus vizinhos do Castro Máximo (Monte Castro) e do Castro da Cividadeo, todos eles habitados por tribos de Brácaros (Bracari). Daí a região ser conhecida por Terra de Brácaros, que originou a cidade de Braga.
A invasão romana que ocorreu no 3ºséculo aC, e que tomou o Castro da Cividade, originou que os brácaros se refugiassem no Castro da Consolação de onde organizaram a resistência aos invasores, resistência essa que durou mais de um século. A partir do ano 19 aC com a paz conseguida pelo imperador Augusto a maior parte da população desce ao vale para se instalar na Bracara Augusta que se afirmava já como capital da Galécia, ficando no Castro um punhado de teimosos que impediram o seu total ermamento.
É na cultura Galaica que assenta muito daquilo que somos hoje e que tem sido remetida para um total esquecimento histórico, ofuscada pela civilização romana que a aculturou, sem que a tenha feito desaparecer. A nação Galaica que compreendia a nossa região, todo o norte de Portugal, a Galiza e a parte norte de Castela-Leão, é ainda hoje a nossa referência cultural de base. A língua, a pronúncia do norte, as tradições, os cantares e a gastronomia tem as suas raízes nesses povos dos castros, que tendo aceitado os invasores romanos, nunca a eles se vergaram, adotando as suas inovações civilizacionais, mas nunca perdendo as suas referências, obrigando os invasores a adaptar-se à sua língua, aos seus cultos e tradições.








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