domingo, 7 de abril de 2019

DRAVE a aldeia mágica, pelos olhos da Rita





Drave 
Nos dias 30 e 31 de março os caminheiros do nosso agrupamento, 810 Nogueiró - Braga, aventuraram-se pela primeira vez numa viagem até Drave, a aldeia mágica desabitada, localizada entre as Serra da Freita, Serra de São Macário e Serra da Arada, integrada no geoparque de Arouca. Drave é também considerada a base nacional do CNE, da IV e são dinamizadas várias atividades com esta secção ao longo do ano.

Sabíamos que esta viagem ia ser um desafio pela longa caminhada que nos esperava até à aldeia com algum desnível e pelas condições que Drave apresenta como a falta de eletricidade, saneamento, água canalizada, gás, correio, telefone e rede de telemóvel. Mas a beleza natural desta aldeia isolada compensa a falta de modernidade. É marcada pelos riachos, pelas piscinas naturais e pelas cascatas, pelas vastas montanhas e vales pintados de amarelo e roxo devido à vegetação, pela biodiversidade, pelas ruas irregulares e as casas de xisto, pelo pôr do sol entre os vales, pelo silêncio, pelo cheiro à natureza, pela história de quem ergueu a aldeia e pelas vidas que por lá passaram.

A nossa estadia foi curta pelo que apenas realizamos o programa SOL, cujo foco é a espiritualidade. O mesmo levou-nos a conhecer melhor a história de S. Paulo, patrono dos caminheiros, e a debater sobre diferentes testemunhos de vida que nos foram apresentados, enquanto caminhávamos pelos trilhos entre as serras e os riachos. À noite voltamos a refletir sobre os temas debatidos no programa e criou-se um momento de cumplicidade e partilha entre todos. Temos intenções de voltar para experimentarmos os outros programas, fazer serviço e vivenciar as diferentes atividades dinamizadas ao longo do ano. 


Rita Fernandes
Caminheira

Deixo agora os testemunhos dos elementos no nosso clã:

· Francisca: “Drave foi sem dúvida uma introspeção diferente e marcante! Voltar lá é o próximo objetivo”.

· Chefe Nuno: “Drave, existe, mas só indo lá para a viver. Em cada pedra sente-se o trabalho árduo e o suor vertido, das pessoas que a ergueram, mas também as marcas do tempo de um uso outrora comum da força animal gravadas nas rampas mais íngremes dos caminhos, são a prova da vontade de fazer crescer a singularidade do local. Drave faz renascer em cada olhar atento um sentimento puro de comunidade, partilha e união das pessoas que a idealizaram e de todas as que lhe deram vida. A sua simplicidade contrasta com a harmonia de cores que a serra oferece e lhe dá a luz que enriquece o nosso olhar. Drave, simplesmente bela”.

· Mariana: “A ida a Drave foi marcada pela diferença e pela reflexão de alguns temas e sem dúvida é uma experiência a repetir”.

· Daniel: “Tudo acontece por um motivo, sendo Drave a aldeia da reflexão, foi um dos marcos da minha vida”.

· Márcia: “A ida a Drave foi um momento mágico e único para reflexão. Espero lá voltar”.